Roger Waters: assumindo ter errado ao processar o Pink Floyd
Por Alexandre Caetano
Fonte: Consequence of Sound
Postado em 19 de setembro de 2013
Roger Waters se abriu sobre o passado, presente e futuro em uma nova entrevista a BBC HARDtalk, que irá ao ar dia 19 de setembro, nos Estados Unidos, durante o noticiário da BBC World.
Conforme se aproxima de encerrar sua turnê de três anos, Wall tour, Waters disse que sua próxima empreitada virá na forma de um novo álbum. Ele explica: "Você sabe, eu tive alguns poucos avanços recentemente, sobre os quais eu não vou falar, mas estou trabalhando em um novo álbum. Eu tive uma ideia muito forte, e irei persegui-la, farei ao menos mais um álbum e estou realmente ansioso para cravar meus dentes nele". O último álbum solo propriamente de Waters foi o "Amused to Death", de 1992, embora ele tenha lançado os três atos de ópera "Ça Ira" em 2005.
Mas talvez a parte mais notável da entrevista de Waters resultou de comentários sobre sua saída do Pink Floyd em 1985, e a consequente disputa judicial entre ele e seus antigos companheiros de banda. Especificamente, Waters disse que ele estava errado em suas tentativas de impedir David Gilmour, Nick Manson e Richard Wright de continuar com o nome Pink Floyd.
Waters disse: "Eu achava, eu realmente achava que aquilo era errado, e eu estava errado!... Claro que eu estava. Quem se importa? Foi uma decisão comercial e de fato essa foi uma das poucas vezes que um advogado me ensinou algo. Porque quando eu cheguei para esses caras e disse 'escuta, acabou, isso nunca mais será o Pink Floyd', eles disseram 'o que você quer dizer? Isso é irrelevante, há um marca e tem um valor comercial, você não pode dizer que [a banda] vai deixar de existir, você obviamente não reparou na [gravadora] Runnymede, você obviamente não entende de jurisprudência britânica... Isso não é o que você acha, isso... é o que é...'. A lei é tudo o que temos, é sobre isso que fala The Wall."
Quando saiu, Waters considerou o Pink Floyd "uma força desgastada", e estava descontente em relação à continuidade da banda com o mesmo nome. Ele apresentou várias medidas inibitórias contra Gilmour e Mason para barrá-los, até ameaçando processar os promotores das apresentações que anunciassem a banda como Pink Floyd. Em última instância, ele e Gilmour resolveram, com Waters concordando em ceder o nome Pink Floyd em troca da marca "The Wall" e seu famoso porco inflável.
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