A música que Roger Waters quis tocar com o Pink Floyd no Live 8, mas David Gilmour vetou
Por André Garcia
Postado em 22 de abril de 2025
O Pink Floyd surgiu em Londres em 1966 como uma das mais promissoras das novas bandas de rock da Inglaterra, mas, após a saída de seu líder Syd Barrett em 1968, ela passou uns anos derrapando até se reencontrar. Na década seguinte, no entanto, com sua formação clássica a banda viveu sua era de ouro com uma obra-prima a cada dois anos: "Meddle" (1971), "Dark Side of the Moon" (1973), "Wish You Were Here" (1975), "Animals" (1977) e "The Wall" (1979). Para muitos nem mesmo os Beatles atingiram um nível tão alto por cinco álbuns seguidos.
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A partir dali, no entanto, o clima azedou entre o autoritário Roger Waters e o resto da banda — cada vez mais rebaixados a meros vassalos musicais na cabeça dele. Na verdade, durante a produção do "The Wall" as tensões entre eles já haviam se tornaram irreversíveis. Tensões essas que resultaram em 1985 na saída de Waters, que saiu em carreira solo e desde então sempre que pode inferniza a vida de seu antigo parceiro David Gilmour.
Até hoje, em 2025, esses dois se odeiam e querem distância um do outro. Gilmour até chegou a confessar que o principal motivo da venda do catálogo do Pink Floyd foi para que ele não precisasse nunca mais falar com Roger. O mais perto que eles chegaram de fazer as fazer foi em 2005 no Live 8 — segunda versão do colossal festival beneficente Live Aid, realizado 20 anos antes. O Pink Floyd se reuniu pela última vez com sua formação clássica para tocar alguns de seus hits, mas é claro que Waters e Gilmour seguiram querendo seguir cada um por uma direção diferente.

Conforme publicado pela Classic Rock, Gilmour vetou uma das músicas que Waters queria tocar:
"Roger queria cantar 'Another Brick In The Wall', mas eu não achei apropriado. Era um evento feito para a África, e eu realmente não achava que crianças na África deveriam cantar 'Nós não precisamos de educação'. Não teve nem discussão sobre isso. Eu estava absolutamente certo."
Em outra entrevista, David confessou que a reunião com Roger foi como "dormir com a ex":
"Fomos lá e fizemos. Mandamos muito bem, para mim. Foi ótima a sensação de estar lá com Roger. Raiva e rancor são coisas muito negativas, foi bom deixar tudo aquilo de lado. […] O Live 8 foi ótimo, mas foi um encerramento. Foi como dormir com a ex-esposa. Não há futuro para o Pink Floyd."

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