Jeff Waters: se não fosse pela Europa e Japão ele seria mendigo
Por Fernando Portelada
Fonte: BraveWords
Postado em 16 de setembro de 2013
Jeff Waters, do ANNIHILATOR, foi entrevistado pela Dead Rhetoric para discutir sua carreira. Veja uns trechos desta conversa abaixo.
Dead Rhetoric: Com o fim dos anos 1990, a banda começou a se sair melhor na Europa, mas ficou ociosa na América. Naquela época você estava tipo: "Deixa isso pra lá!"?
Waters: "Sim, eu parei de ligar em 1995, quando eu estava tentando conseguir um contrato para 'King Of The Kill'. Os selos japoneses e europeus me ofereceram bons contratos, mas eu não conseguia que ninguém nos Estados Unidos respondesse meus faxes - era assim que funcionava naquela época, e ligações telefônicas. Ninguém nos queria por lá. A realidade bateu. Levei um baque com isso, a indústria não me aceitava. Se eu não tivesse a Europa ou o Japão por trás de mim, eu provavelmente seria um mendigo na rua ou estaria morto agora (risos). A música é minha vida, eu não queria trocar o nome da banda ou o estilo musical. Eu dei sorte."
Dead Rhetoric: Qual foi o ponto em que você mudou o foco para longe da América do Norte?
Waters: "A Roadrunner largou tudo que era metal. Não havia mais bandas deste gênero - Canadenses ou Americanas com a palavra metal nelas. Você viu Robb Flynn do VIO-LENCE se tornar o MACHINE HEAD. Eles não começaram com o thrash que estão tocando recentemente. Eles tinham macacões vermelhos e trocaram seu som e imagem. Bandas perderam seus contratos - ninguém estava em posição de continuar. A maioria das bandas arranjaram empregos, algumas bandas mudaram o nome, mudaram os músicos e continuaram. Para o MACHINE HEAD isto funcionou. Nós dissemos: 'É isto que fazemos'. Nós tivemos sorte com a Europa e o Japão continuando com estes estilos e comprando nossa música."
"Minha opinião seria bem diferente se estes dois territórios não estivessem lá. Eu provavelmente seria mais amargo e depressivo. Nós não tínhamos uma opção nos Estados Unidos a não ser que eu mudasse o nome da banda e tocasse uma diferente forma de música. 'Set The World On Fire' não foi muito bem na América, mas foi nosso segundo álbum de maior vendas no Japão e 'King Of The Kill' foi o maior por lá. 'Set The World On Fire' nos fez tocar para 80.000 no Dynamo Festival na Europa, e nós íamos para a América do Norte e não víamos isso. Eu não tive tempo para fazer turnês e tentar tomar de volta o Estados Unidos e o Canadá. Tocar esse tipo de música não era o que os selos queriam mais, uma forma mais tradicional de heavy metal e thrash metal. Os fãs podiam querer, mas a indústria não, os clubes não, os agentes também não."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
Ex e atuais membros do Pantera, Pentagram, Dark Funeral e Fu Manchu unem forças no Axe Dragger
A maior linha de baixo do rock, para Geddy Lee; "tocaria com eles? Nem a pau"
Garotos Podres são indiciados e interrogados na polícia por conta de "Papai Noel Velho Batuta"
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
O dia em que Romário foi assistir a um show do U2 - e não gostou do que viu
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Por que Frejat demitiu seu guitarrista de longa data: "Eu não saí, fui saído"
A música que era country, mas acabou virando um clássico do rock progressivo
Amy Lee confirma novo álbum do Evanescence para 2026
Megadeth lança "Let There Be Shred", faixa de seu próximo - e último - disco
"Pelo menos não estamos tocando trap ou hip-hop!", diz baixista do Maneskin
O dia que Marcelo Nova perguntou para Raul Seixas se existe coisa melhor do que mulher
David Gilmour elege seus três solos favoritos, e um deles está em um instrumental

Thrash metal: 10 grandes álbuns do estilo lançados em 1989
Dez clássicos do thrash metal que não foram gravados pelo "Big Four" - Parte I



