Steve Vai: "Whitesnake me tratou como rei, todos toleraram o pretensioso aqui"
Por Igor Miranda
Fonte: Guitar World
Postado em 14 de abril de 2020
O guitarrista Steve Vai refletiu sobre sua passagem pelo Whitesnake em entrevista à Guitar World. O músico só gravou um disco com a banda, "Slip of the Tongue" (1989), antes da formação se dissolver, no ano seguinte - justamente quando Vai divulgou seu primeiro grande trabalho solo, "Passion and Warfare".
O músico definiu seu período com o Whitesnake como "perfeito". Em seguida, explicou os motivos: não tinha que liderar a banda, contava com o "melhor vocalista do mundo na época" e ainda era tratado como rei.
"Os caras eram fantásticos. Rudy Sarzo (baixista) é o mais legal do mundo. Tommy Aldridge (baterista) é hilário e talentoso. Adrian Vandenberg (guitarrista) era fantástico, muito culto, e era um grande músico com ótimo tom. E todos toleraram minha atitude e o fato de eu ser pretensioso", afirmou.
Vai comentou que "Slip of the Tongue" é um grande álbum, "mesmo sendo um pouco diferente dos outros do Whitesnake". Ele refletiu, ainda, sobre a forma como tocava naquela época - após tantos anos, o guitarrista assistiu novamente ao show no Monsters of Rock em Donington, de 1990, e se surpreendeu.
"Há alguns anos, vi aquele show e não acreditei. Era muito feroz, tinha uma agressão forte, além de muito controle. Na época, eu achava que não era tão bom, não entendia por que as pessoas reagiam tão bem à forma como eu tocava", disse.
O músico refletiu que muitos outros pensam dessa mesma forma quando analisam seus próprios trabalhos. "Você sente que está tocando a coisa certa, mas sempre tem aquele pensamento de que dá para fazer mais, ou melhor. Você vai ficando mais velho e nota que não reconhecia, antes, o quanto era bom", afirmou.
'Não troco por nada'
Nesta mesma entrevista, mas publicada em outra matéria, Steve Vai disse que não trocaria por nada as experiências que teve com Whitesnake e David Lee Roth. Porém, disse que sempre enxergou esses trabalhos como "passageiros".
"Amava esses caras e não troco essas experiências que tive com eles por nada. Porém, enquanto passava por tudo isso, vi como era fácil criar uma identidade, do tipo: 'sou um rockstar, toco em arenas, venço todas as enquetes de melhor músico, ganho tanto dinheiro, então, esse sou eu e vou me prender a isso para sempre'. Isso sempre me pareceu um pensamento insano. Claro que curti tudo aquilo, mas sabia que não faria aquilo a vida toda, porque a música que eu tinha guardada em mim precisava sair. Caso contrário, minha carreira seria um fracasso retumbante", explicou.
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