Bon Jovi: A grande diferença entre eles e o Guns N' Roses, segundo Jon Bon Jovi
Por Igor Miranda
Postado em 17 de outubro de 2020
Bon Jovi e Guns N' Roses foram duas das maiores bandas de hard rock da década de 1980, além de estarem entre os poucos nomes daquele período a seguirem fazendo sucesso nos anos 1990. Porém, de acordo com o vocalista Jon Bon Jovi, existe uma diferença notável entre os dois grupos.
O assunto foi abordado em entrevista de Jon à "GQ". Ao ser perguntado sobre como se mantém são e com os pés no chão mesmo após ter feito tanto sucesso, o vocalista destacou que nunca deixou suas origens de lado.
"Lembro de quando éramos jovens e o álbum 'Slippery When Wet' (1986) era como nosso 'Thriller' (Michael Jackson) ou nosso 'Like a Virgin' (Madonna). Lembro de dizermos que não mudamos. Só que todos em nosso entorno mudaram. Até nossos pais olhavam para nós em busca de respostas, pois tínhamos nos tornado famosos e era muito estranho", disse.
O vocalista, então, refletiu sobre o cansaço do Bon Jovi após o sucesso do álbum "New Jersey" (1988), que veio após "Slippery When Wet". "O que nos desgastou foram esses álbuns enormes em sequência e fazer turnês de 240 shows. Não culpo os empresários, agentes e advogados que nos mantiveram trabalhando, pois toda grande banda passa por isso. Ou você cai para trás e acaba a banda, ou segue em frente. Tivemos ajuda após 'New Jersey' e levamos alguns anos para notar que aquilo (sucesso) não era nós, aquilo era aquilo", declarou.
Foi aí que Jon Bon Jovi apontou a diferença de sua banda em comparação ao Guns N' Roses. O contraste também foi feito em relação a outros artistas que, na visão dele, são dominados pela fama.
"A gente se reagrupou após 'New Jersey'. Fizemos 'Keep the Faith' (1992) e seguimos. O Guns N' Roses levou 25 anos para fazer um novo álbum, certo? Eles caíram no precipício. Nós seguimos adiante", disse.
Jon cita uma situação específica onde percebeu que não conseguiria viver como muitos de seus colegas famosos. "Quando cogitei ter uma casa em Malibu, na Califórnia, logo pensei: 'não dá, isso não é para mim'. Essas pessoas estavam ao meu redor e, hoje, estão mortas, divorciadas, viciadas em drogas ou internadas em instituições mentais, entre outras coisas. Isso não é para mim", afirmou.
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