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Robert Säll: confira entrevista com o guitarrista do Work Of Art e W.E.T.

Por Mário Pescada
Postado em 02 de março de 2021

Diogo Franco (DF), colaborador do site 80 Minutos, foi atrás do guitarrista sueco Robert Säll (RS) para um bate-papo onde ele falou a respeita da sua formação como músico, a cena AOR e sobre seus trabalhos nos grupos WORK OF ART e W.E.T.

No W.E.T., Robert toca ao lado das feras Jeff Scott Soto (vocais - TALISMAN, YNGWIE MALMSTEEN, AXEL RUDI PELL, JOURNEY etc.), Erik Martensson (guitarras, teclados - ECLIPSE), Magnus Henriksson (guitarra - ECLIPSE), Robban Bäck (bateria - ECLIPSE) e Andreas Passmark (baixo - NARNIA, ROYAL HUNT). Confira!

(DF) Para começar, conte-nos sobre seu primeiro contato com a música. Quando você decidiu se tornar um músico?

(RS) A música já existe na minha vida há mais tempo do que consigo me lembrar. Eu vi fotos de quando eu era muito jovem e sempre usava fones de ouvido conectados ao aparelho de som da família. Algumas das minhas primeiras memórias foram a coleção única do meu irmão mais velho e como eu estava tão fascinado com ela. Gostei de tudo nele, de como o disco ficou e, claro, de como soou. Eu devia ter uns 3 ou 4 anos então. Aos 13 anos sabia que ser músico era o que queria ser.

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(DF) Quais foram suas principais influências musicais?

(RS) Qualquer coisa que soasse bem! Desde o início eu estava ouvindo todos os tipos de música. Qualquer coisa de VAN HALEN a PRINCE e BILLY COBHAM ... e tudo mais. Mas minhas primeiras 3 músicas favoritas foram "Ain't Talking About Love", "I Stole Your Love" e "Eye Of The Tiger", vai entender! (risos)

(DF) Qual é a sua principal inspiração para compor?

(RS) A inspiração pode vir de muitas coisas diferentes, mas hoje em dia, geralmente é mais sobre "fazer o trabalho", em vez de sentar e esperar pela inspiração. Isso eu considero um luxo hoje em dia.

(DF) WORK OF ART lançou seu primeiro álbum em 2008. Como o grupo evoluiu para o fantástico "Exhibitions" de 2019?

(RS) No WORK OF ART sempre foi uma espécie de entra e sai, mas acho que toda vez que nos reunimos para fazer um álbum, todos nós crescemos um pouco como músicos, então, é estar longe um do outro e trabalhando em outros projetos que nos ajudou a crescer. Nós simplesmente pegamos tudo o que aprendemos com essas experiências e colocamos esse conhecimento no registro que estamos fazendo.

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(DF) Qual é a principal diferença entre compor para W.E.T. e para o WORK OF ART?

(RS) O WORK OF ART é meu próprio playground musical, onde sou livre para escrever o que quiser. E eu sou o único escritor dessa banda, enquanto as coisas que escrevi para W.E.T. sempre foram resultado de um esforço colaborativo junto com Erik, então são duas situações muito diferentes.

(DF) Muitos amantes de AOR não acolhem com agrado estes encontros de músicos promovidos pela Frontiers, mas no caso de W.E.T. foi muito lucrativo. O que você diria que é positivo e negativo nesses supergrupos?

(RS) Para mim, o positivo é poder trabalhar com outros músicos que você admira e poder fazer musicalmente algo diferente do que você faz com sua própria banda. O negativo é que você não é tão livre e experimenta como pode com pessoas que não conhece muito bem, como os membros do seu grupo.

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(DF) Na sua opinião, o que não pode faltar em um supergrupo?

(RS) Compromisso e uma visão clara do que você deseja alcançar com a música que você montou. Fazer isso apenas para receber um bom salário raramente funciona. E, por favor, peça a todos que deixem seus egos do lado de fora!

Para conferir o restante do bate-papo com Robert Säll, acesse o site do 80 Minutos!

Confira a faixa "Big Boys Don't Cry", do CD "Retransmission" (2021)

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FONTE: 80 Minutos
https://80minutos.com.br/interview/96

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Sobre Mário Pescada

Mineiro, leitor compulsivo, ouvinte de todas as vertentes do rock - do blues ao grindcore. Valoriza mais a honestidade e entrega em cima do palco do que a técnica. Guarda os flyers dos shows que vai como se fossem relíquias.
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