Mick Jagger não se deu bem com Michael Jackson em parceria nos anos 80
Por André Garcia
Postado em 20 de março de 2022
Em meados dos anos 80, após o sucesso sem precedentes de "Thriller" (1982), Michael Jackson era a pessoa mais popular do planeta, e parecia que nada que ele fizesse poderia dar errado. Seu flerte com o rock, por exemplo, uma parceria com Eddie Van Halen em "Beat It", evidenciava seu toque de Midas.
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Até por isso, as expectativas não poderiam ser mais altas para o novo flerte do Rei do pop com o rock: a faixa "State of Shock", do novo álbum do The Jacksons, "Victory" (1984). Selecionado para a colaboração, Freddie Mercury até chegou a gravar três demos, entre elas a própria "State of Shock", que está disponível no YouTube.
A parceria acabou não se concretizando porque, conforme publicado pelo site faroutmagazine.co.uk, Mick Jagger, numa atitude fura-olho, atravessou Freddie e ficou com a participação na versão final da faixa. No entanto, apesar do sucesso que ela fez, o encontro não deixou saudades no vocalista, que, em entrevista ao New York Times, reclamou que ele e Michael "praticamos escalas por duas horas e depois gravamos os vocais em duas tentativas".
"Quando ele me enviou a faixa finalizada mais tarde", relembra Jagger, "eu fiquei meio decepcionado com a produção e a mixagem. Mas eu acho ele realmente um bom cantor", concluiu.
Segundo a biografia Mick: The Wild Life and Mad Genius of Jagger, de Christopher Andersen, "nenhum dos dois astros ficaram impressionados um com o outro". Além disso, Jackson acusou Jagger de cantar fora do tom, e comentou: "Como esse cara conseguiu fazer sucesso?"
Nos Estados Unidos, "State of Shock" chegou à terceira colocação no Top 100 da Billboard — o mais longe que Mick Jagger já chegou sem os Rolling Stones. O resultado você pode conferir abaixo:
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