Robert Smith comenta o primeiro álbum do The Cure: "Um dos meus menos preferidos"
Por André Garcia
Postado em 06 de julho de 2022
O The Cure surgiu na Inglaterra em Crawley, West Sussex, a 45 quilômetros a sul de Londres. Originalmente um trio, foi formado em 1978 pelo guitarrista e vocalista Robert Smith com Lol Tolhurst na bateria e Michael Dempsey no baixo. Na ativa até hoje, é uma das mais antigas, duradouras e bem-sucedidas bandas da cena post-punk.
Seu álbum de estreia "Three Imaginary Boys" foi lançado em 1979, e no ano seguinte saiu na América do Norte e na Austrália com faixas diferentes, rebatizado com o título do hit "Boys Don't Cry". Embora tenha recebido boas críticas, considerando a banda promissora, o resultado não agradou ao vocalista Robert Smith, que em entrevista para a Rolling Stone o comentou.
"Eu compus as músicas do primeiro álbum por um período de uns dois ou três anos. Eu escrevi '10:15 Saturday Night' e 'Killing an Arab' quando tinha uns 16 anos, e gravamos o álbum quando eu estava com 18, e eu ainda não estava convencido sobre algumas das músicas."
"As canções pop, como 'Boys Don't Cry', são ingênuas a um ponto insano [risos]! Mas considerando minha idade e que eu não tinha feito nada além de ir para a escola — nenhuma experiência real na vida, nada além do que li nos livros —, algumas delas até que são bem bacanas."
"O The Jam estava gravando o disco deles durante o dia, e nós costumávamos entrar escondidos à noite e usar o equipamento deles — conhecíamos o cara que tomava conta — para gravar o nosso. Pegamos [rolos] de fita e essas coisas."
"O primeiro é um dos álbuns do The Cure que eu menos gosto. Claro, são minhas músicas, e eu estava cantando, mas eu não tive qualquer controle sobre qualquer aspecto dele: a produção, a escolha das músicas, a ordem das faixas, a capa… Foi tudo decidido por [Chris] Parry [o produtor] sem meu aval. Apesar da pouca idade, eu fiquei muito puto. Eu sonhava em gravar um álbum, então lá estávamos gravando, e minhas decisões estavam sendo ignoradas. A partir daquele dia, eu decidi que sempre bancaríamos [a produção] nós mesmos, e consequentemente teríamos controle total."
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