Robert Smith comenta os erros de "Wild Mood Swings", o pior disco do The Cure
Por André Garcia
Postado em 19 de outubro de 2022
O The Cure foi formado por Robert Smith no final da década de 70, sendo assim um dos pioneiros do post punk. A banda se tornou pioneira também da música gótica, usando roupas pretas e maquiagem e cantando letras poeticamente fúnebres que misturavam rock com Lord Byron.
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Em meados dos anos 80, ao mergulhar no pop, quase sem querer, a banda emplacou nas rádios e na MTV, se tornando um sucesso comercial. Com os álbuns vendendo mais e mais, Smith se viu lotando estádios pelo mundo como um verdadeiro astro pop, mas detestou aquela nova vida.
Na década de 90, após o sucesso de "Wish" (1992) e o hit "Friday I'm in Love", o vocalista resolveu dar um tempo em sua carreira, mas viveu um inferno pessoal com o acúmulo de todo tipo de problema, principalmente com os negócios da banda na justiça.
Em meio a tanta turbulência e distração, foi produzido o álbum "Wild Mood Swings", amplamente considerado o pior trabalho do The Cure. Em entrevista para a Rolling Stone, seu vocalista refletiu o que deu errado.
"Quando voltamos para fazer 'Wild Mood Swings', eu recuperei aquele sentimento de diversão. E isso transparece no álbum, tem umas músicas bem retardadas nele. Mas foi uma pena, porque ele foi detonado quando saiu. Os fãs odiaram também. Aquela foi a única vez que eu fiquei extremamente decepcionado."
"Talvez tenha sido por causa de 'The 13th' — com uma vibe de salsa louca —, a primeira coisa que ouviram da banda em anos. Eu não acredito que tenham dado uma chance [ao álbum] depois daquilo. Cada álbum até aquele ponto havia vendido mais do que o anterior, e de repente a gravadora foi surpreendida com aquela queda horrorosa nas vendas, e eles não faziam ideia nem de por que vendíamos discos. Aquilo meio que desmistificou qualquer tentativa de campanha de promoção, porque eles não sabiam nem o que estavam promovendo e nem para quem."
"O álbum sofre por ser longo demais. Ele é desconexo. Eu estava tentando compor em diferentes estilos, e queria que soássemos como diferentes bandas, quase tipo a ideia do 'Kiss Me [, Kiss Me, Kiss Me]'. Mas, como perdemos Boris e foi antes de Jason chegar, nós tínhamos um baterista diferente por semana. Eu frequentemente esquecia o nome da pessoa que estava tocando bateria."
Décimo álbum de estúdio do The Cure, "Wild Mood Swings" até chegou a #9 nas paradas britânicas e em #12 na Billboard, mas as vendas mundiais caíram de 3 milhões para 500 mil cópias, em relação a "Wish". O fracasso pode não ter acabado com a banda, mas deixou nela uma marca que até hoje mancha sua imagem.
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