Porque Secos & Molhados e Raul Seixas "viraram a chave" do rock brasileiro em 1973
Por Bruce William
Postado em 10 de fevereiro de 2023
Em uma Live realizada pela escritora, jornalista e documentarista brasileira Daniella Zupo, contando com a participação dos jornalistas Bento Araújo (Poeira Zine) e Regis Tadeu, o tema eram os álbuns brasileiros que completam 50 anos em 2023.
Por volta dos 28 minutos, a pauta passa a ser a situação do rock brasileiro na época, com Bento mencionando como os discos da Tropicália tinham bastante guitarra, citando o músico Lanny Gordin: "Um cara que você ouve, ele tem a linguagem do rock que o Jimi Hendrix estava fazendo, assim como Pepeu Gomes nos Novos Baianos também. Ou seja, já existia uma música brasileira muito bem misturada com rock acontecendo desde ali dos anos sessenta. O que acontece é que em 73, com a explosão do Secos e Molhados, a coisa fica mais definida".
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Mais adiante, a palavra passa para Regis: "Eu costumo dizer que houve uma virada de chave, não só no rock brasileiro como na música brasileira, com o Secos e Molhados e o 'Krig-ha, Bandolo!' de Raul Seixas", diz. "Esses dois discos, eles têm em comum o fato que eles mostraram ser possível você fazer um amálgama de rock e MPB universitária da época com letras poéticas, porque até então o rock brasileiro, salvo raras exceções, ou ele tinha um tipo de letra que era aquela coisa festeira da Jovem Guarda, ou era aquele papo cabeça que nem os próprios compositores entendiam o que estavam falando".
"Esses dois discos mostraram que era possível você pegar elementos poéticos riquíssimos da música brasileira e misturar isso com o rock, misturar isso com o folk", prossegue Regis. "Porque basicamente, tanto o disco do Secos e Molhados quanto o 'Krig-ha, Bandolo!' é uma mistura de rock, folk e country, o que é genial! E que era uma linguagem brasileira! E aí todo mundo foi atrás. Pode ver a quantidade de bandas que depois imitaram o Secos e Molhados".
O vídeo com a Live na íntegra pode ser conferido no player abaixo.
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