A opinião de Paul McCartney sobre a música dos Sex Pistols
Por André Garcia
Postado em 01 de fevereiro de 2023
Na história do rock, 1977 ficou marcado como o ano em que o punk tomou conta da Inglaterra. Bandas como Sex Pistols e The Clash se fizeram notar, e não havia quem não tivesse conhecimento daquele novo movimento cultural. Com isso, nomes considerados da velha guarda, como Pink Floyd, Beatles, Rolling Stones e The Who, sempre acabavam intimados a dar sua opinião.
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Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, Paul McCartney admirava a música dos Sex Pistols. Em trecho de entrevista disponível no YouTube, aparentemente do final dos anos 70 ou começo dos anos 80, o ex-beatle disse:
"Bem, se você focar na música — que é o importante para mim —, aquilo é rock n roll. Muita gente tentou, mas foi necessário garotos como aqueles, e a energia que eles trouxeram para a coisa, o que realmente agita, bota pra quebrar. Esse é o grande lance deles. Eu não me ligo na publicidade e essas coisas. Nesse quesito eles estavam condenados desde o começo: escândalo, escândalo... Eu sinto pena deles nesse quesito, sei lá... mas a música é muito boa, se você parar para ouvir."
Quando o baixista Glen Matlock foi demitido dos Sex Pistols, o empresário Malcolm McLaren disse à imprensa que o motivo foi ele ter se declarado fã dos Beatles.
Sex Pistols
Formado em 1975, em Londres, os Sex Pistols foram pioneiros do punk britânico, apavorando os conservadores. Formada pelo vocalista Johnny Rotten, o guitarrista Steve Jones, o baixista Glen Matlock (que posteriormente deu lugar a Sid Vicious) e o baterista Paul Cook, a banda foi uma das mais influentes do gênero.
"Nevermind the Bollocks" (1977), é considerado um dos mais importantes álbuns de estreia de todos os tempos. Com faixas como "God Save the Queen" e "Anarchy in the UK", suas letras abordaram temas políticos e sociais com ácidas críticas aos costumes da sociedade britânica.
A banda se separou em 1978 — implodiu sob o desgaste de intermináveis escândalos, abuso químico e todo tipo de pressão. Para piorar, Sid Vicious foi preso como suspeito de assassinar sua namorada, Nancy Spungen, e morreu de overdose pouco depois.
A partir dos anos 90, os membros remanescentes se reuniram algumas vezes, o que dificilmente tornará a acontecer, por conta da má relação de John Lydon com seus antigos colegas.
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