Advogado explica por que seguro da Crypta não cobre valor de US$ 60 mil da motorhome

A banda brasileira Crypta sofreu um enorme revés durante turnê nos EUA quando um tornado atingiu a casa de show que o grupo se apresentava. Além de causar a morte de um fã, os ventos também danificaram seriamente o motorhome alugado que as meninas utilizavam na turnê.

Como resultado da tragédia, a Crypta publicou vídeo pedindo doações para chegar no valor de US$ 60 mil – montante que precisa ser repassado para a empresa em que Fernanda Lira e companhia alugaram o veículo. Mas por que será que o seguro não cobre esse tipo de situação?

Para explicar melhor como funciona essa questão dos seguros, o advogado Wallace Magri, que atua na empresa The Bridge, especializada em music business, deu maiores detalhes desse funcionamento.

"Neste caso, pelas informações que me chegaram, a Crypta locou veículo automotor para realização da turnê. Geralmente, há contratação de taxa de seguro, no ato da locação – para cobertura de certos acidentes e assistência técnica. No entanto, independentemente do tipo de seguro contratado, o caso fortuito e a força maior são excludentes de pagamento do automóvel pela seguradora/locadora.

Desta forma, ao que tudo indica, a banda terá de arcar com os custos de novo automóvel, especialmente em caso de perda total do bem móvel. Afirmo isto com base na legislação brasileira, mas a teoria da responsabilidade civil por danos é semelhante na maior parte dos países, inclusive nos EUA".

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