Tony Iommi comenta "Born Again", "Headless Cross" e "Dehumanizer"
Por André Garcia
Postado em 30 de junho de 2023
O Black Sabbath surgiu com um vocalista perfeito, e o substituiu por alguém que encaixou perfeitamente. A partir da década de 80, por outro lado, o raio não tornou a cair no mesmo lugar…
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Ao longo da década de 80, o heavy metal viveu sua era de ouro, com bandas como Iron Maiden, Judas Priest e Metallica levando o gênero ao mainstream. Curiosamente, o Black Sabbath, influência de todas as bandas de metal, passou aquele período em baixa, comendo o pão que o diabo amassou e amargando fracassos comerciais.
Em 1992, Tony Iommi já era há anos o único membro fundador remanescente do Black Sabbath quando deu uma entrevista Guitar World, onde comentou três álbuns dessa fase pós-primeira passagem de Dio: 'Born Again' (1983), 'Headless Cross' (1989) e 'Dehumanizer' (1992).
Born Again
"Quando montamos aquela formação [com Ian Gillan no vocal], foi só no papel, aquilo foi feito puramente pelos advogados. Ian é um ótimo cantor, mas ele vem de um background completamente diferente [o Deep Purple], e foi difícil para ele cantar o material do Sabbath. Para ser honesto, eu não gostei de algumas das músicas daquele álbum, e a produção foi terrível. Nunca tivemos tempo para testar o material depois que foi gravado, e algo aconteceu com ele até o momento do lançamento."
Headless Cross
"Aquele foi o primeiro álbum que escrevi com o baterista Cozy Powell, embora nos conhecêssemos há quase 20 anos. Aquele álbum foi montado muito rapidamente, e nós o produzimos nós mesmos. Gosto muito de 'Headless Cross', mas não o compararia a 'Dehumanizer', pois são bem diferentes."
Dehumanizer
"Voltar a trabalhar com Ronnie James Dio foi um pouco difícil no início — havia todo tipo de ego envolvido. Estávamos separados há 10 anos, e levou bastante tempo para nos encontrarmos novamente. Tony Martin havia sido nosso vocalista nos três álbuns anteriores, e devo admitir que fiquei triste por termos que dispensá-lo. Mas a verdade é que ele já queria sair. Ele estava se dedicando mais a escrever para outras pessoas do que apresentar material ao Sabbath. Ele entendeu a situação com Ronnie, então realmente não foi um problema."
"Antes de começarmos a compor 'Dehumanizer', conversamos sobre o que queríamos. Decidimos fazer um álbum do Black Sabbath muito pesado, com um som cru e uma tonelada de riffs sombrios — nada muito alegre. O material é uma espécie de mistura entre as coisas antigas e 'Heaven and Hell'. Tem um som sujo, algo que acho que vinha faltando no Sabbath nos últimos anos. Este é muito um disco clássico do Black Sabbath. Na verdade, eu não esperava que ficasse tão bom!"
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