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The PEL Project: o rock progressivo para além da música

Por Marcelo Peloggio
Postado em 04 de junho de 2023

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A origem do PEL se confunde com a de outras bandas de rock, isto é: alunos de escolas secundaristas que, guiados por seu interesse pela música, sobretudo pelo rock, resolvem formar uma banda, ou para tocar covers ou músicas autorais.

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E foi no ano de 1987, na cidade do Rio de Janeiro, que os então estudantes da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), Mark Pell, Roger DaSilva e Marcelo Índio decidem formar um grupo – o Vozes da Terra, que mesclava o hard rock e o heavy metal ao rock progressivo. O trio (com Pell no baixo e vocal, DaSilva na guitarra e Índio na bateria) logo se transformaria num quarteto com a entrada do tecladista Marcelo Funga.

O Vozes da Terra, como toda banda formada por adolescentes de classe média, carente de bons instrumentos e locais de ensaio, durou apenas alguns meses; mas não sem deixar uma semente, que 35 anos depois nos fez conhecer seu fruto: "Árvores".

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"Árvores", pode-se dizer, foi o motor que pôs o trio em movimento, até então sem um repertório definido. A primeira parte da música foi apresentada por Mark a Roger no apartamento de um dos homenageados da canção – o funcionário de uma empresa área brasileira, chamado Zezinho (hoje falecido), amigo de Roger. (O outro homenageado, Deco, também falecido, amigo de Roger e Mark, foi quem sugeriu o arranjo de cordas para "Árvores". Deco era namorado à época de Simone Assis, que assumiria a direção artística do PEL em 2020).

Antes do Vozes da Terra se desfazer, os ensaios foram dedicados, quase que exclusivamente, ao aprimoramento de "Árvores", estruturada então por Mark e Roger.

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Com o término da banda, cada qual seguiu seu rumo, integrando outros grupos. Antes de ir morar nos Estados Unidos, em 1990, Roger teve uma rápida passagem pela banda de rock progressivo carioca Quaterna Réquiem; nos Estados Unidos, participou de diversos grupos no decorrer dos anos 1990 e 2000 (entre eles estão os Sleestaks, Collide, Off Colors e Hammerstone). Mark, por sua vez, integrou apenas dois grupos: em 1987, foi guitarrista da banda de rock progressivo Proposta Final e, dez anos depois, voltando ao posto de baixista, criou o Alma Fripp, que mesclava o metal e o experimentalismo com o progressivo.

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Após deixar o Alma Fripp, em 2020, The PEL Project é finalmente criado por Mark Pell (PEL é a abreviatura para Power, Energy and Love). Incialmente, The PEL Project seria destinado às composições de Mark, só ou em parceria, no âmbito do rock e outros estilos.

Além de "Árvores", que decidira gravar, Mark traz do Alma Fripp outra composição sua, "Green".

Por esse tempo, Mark, Roger e Simone, formando um grupo no WhatsApp, e após uma intensa troca de ideias, decidem transformar o PEL não num grupo de rock tradicional, mas num projeto artístico que teria como principal elemento dinamizador o rock progressivo, a fim de fomentar outras artes e formas de expressã0 (literatura, filosofia, teatro e pintura). Morando em diferentes cidades (Brasília, Fortaleza e Los Angeles), encontram os meios de se produzir à distância.

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Uma vez gravadas, "Árvores" e "Green" pareciam dialogar entre si, de onde surgiu a ideia de um álbum conceitual, ligando todas as músicas, no lugar de encará-las separadamente. O tema fora sugerido por Simone Assis – o de uma sociedade cansada, fatigada –, assumindo, por essa maneira, a direção artística do projeto.

Assim, reestruturado em 2020 por esses três amigos de longa data, The PEL Project (ou simplesmente PEL) lança finalmente, em maio de 2023, nas diversas plataformas digitais, o conteúdo do "Lado 1" do seu álbum de estreia, o Fatigué. O álbum, que é conceitual (tendo por tema, conforme dito, a sociedade do cansaço), trafega pelo rock progressivo, incluindo aí elementos do metal, do folk, do pop, do experimentalismo (haja vista os efeitos sonoros do material), e mesmo da MPB.

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Para a realização do Fatigué, Simone Assis (direção artística e letras), Mark Pell (vocal, violão e baixo) e Roger DaSilva (guitarra) contaram ainda com a colaboração de músicos de diferentes tendências, dos quais podemos destacar o produtor e tecladista Matheus Brasil (DUAL), o baterista Jan Ariel (DUAL), o DJ Mohamed Malok (ex-Farofa Carioca), o guitarrista Fritz Henriques (Renderse) e a vocalista Zaira Marques (Agnni), entre outros.

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Cultores de música em geral, Simone, Mark e Roger têm no PEL o meio e a oportunidade para a divulgação, via rock progressivo, como dito, de trabalhos de poesia, filosofia, pintura e teatro. Não à toa, Fatigué exibe em seu clip no YouTube uma série de telas da artista plástica brasiliense Malu Engel, que participa do álbum tanto com a pintura que lhe ilustra a capa quanto com uma performance recitativa dos versos do Fausto, de Goethe, presentes em "Eco", composição que encerra o "Lado 1" do Fatigué.

É o que explica o fato de se poder encarar o PEL menos como uma banda tradicional de rock e muito mais como um projeto de cunho artístico, tendo como fio condutor, para tal, o rock progressivo e suas variantes. De fato, não se trata de uma banda formalmente constituída, haja vista que seus membros não moram na mesma cidade e não se veem regularmente, cada qual gravando a sua parte à distância.

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Fatigué (conceito do álbum)

O "Lado 1" do Fatigué traz as seguintes composições:

a. Árvores
b. Green
c. Eco
I. Baccalaureus (Instrumental)
II. Are you a milionaire?
III. Behind
IV. Remergence (Instrumental)

Como se trata de um álbum conceitual, "Eco" fecharia o conceito, do seguinte modo:

a) "Árvores": à luz do mundo fatigado em que vivemos, a música compara pessoas a árvores. As pessoas veem-se ceifadas, incineradas, completamente exauridas de suas ideias e sentimentos;

b) "Green": em meio aos que se ressentem dessa perda de força, energia, vitalidade, "pura seiva", há os que se transformam no próprio dinheiro em uma busca insana pelo mesmo: pessoas frias, doentes, nocivas, ceifadoras de tudo e todos;

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c) "Eco" (do grego oíkos, ou seja: "casa", "bens"): fecha o conceito em quatro partes:

Eco I. Baccalaureus: é um instrumental realizado só com efeitos de guitarra, entremeado pela recitação performática de Malu Engel de passagens do poema "Fausto", de Goethe. Os trechos recitados ilustram a arrogância de sujeitos como Baccalaureus, um idealista que se julga o centro do mundo, trazendo também um curioso diálogo de Fausto com a Apreensão. Ou seja, "Eco" representa a casa do mundo em profunda crise moral, ética e ambiental.

Eco II. Are you a milionaire?: é uma peça acústica, apenas voz e violão. Tem como tema os sonhadores, os eco-liberais ingênuos que se julgam sortudos, verdadeiros milionários em meio à ruína moral, ética e ambiental do mundo. Estúpidos, covardes, iludidos, costumam buscar proteção embaixo de uma cadeira.

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Eco III. Behind: é a continuação da Eco II em termos de acordes, só que com outra melodia. Tem a característica de músicas de encerramento com uma pegada crescente e agressiva. A letra trata daqueles para os quais a "ficha caiu", mas continuam trancados em suas casas (voltados sobre si próprios), buscando proteção embaixo de uma cadeira, "por trás" de todas as ilusões que os fizeram acreditar (conforme diz a letra, "esperando pela chuva"). Mas são tomados agora pela desilusão, pela descrença, pelo sentimento de solidão e finalmente pela fadiga, pelo cansaço em relação a tudo.

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Eco IV. Remergence: trata simplesmente do recomeço em tom etéreo e esvoaçante; enfim, das coisas brotando ou ressurgindo em meio às ruínas.

Boa audição!

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