O clássico do metal extremo que não foi bem aceito na época de seu lançamento; "Todos odiaram"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de setembro de 2025
Referência incontornável do metal extremo, o Death surgiu na segunda metade da década de 1980, sob a liderança do guitarrista, vocalista e compositor Chuck Schuldiner. Nos primeiros anos, a banda entregava uma sonoridade crua e implacável, como se pode ouvir em "Scream Bloody Gore" (1987) e "Leprosy" (1988).
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O death metal brutal, marca registrada desses registros iniciais, foi sendo lapidado até alcançar uma forma mais complexa e cheia de nuances. Dessa evolução surgiram álbuns que se tornaram clássicos, dentre os quais está o aclamado "Symbolic" (1995).
Sexto trabalho de estúdio do grupo, "Symbolic" equilibra peso e sofisticação musical de maneira singular. Essa fusão resultou em temas memoráveis, como a faixa-título, "Crystal Mountain" e "Empty Words".
Um dos grandes trunfos de "Symbolic" é o desempenho do lendário baterista Gene Hoglan. Com técnica refinada e precisão impressionante, ele desempenhou papel crucial na construção da identidade sonora do álbum.
Em recente participação no "The Garza Podcast" (via Blabbermouth), Hoglan revelou que "Symbolic" não foi bem aceito no momento de sua estreia. Segundo ele, a recepção inicial foi marcada por forte rejeição dos fãs.

"Se ‘Symbolic’ é um álbum clássico agora, não foi recebido dessa forma de jeito nenhum. Não. Foi odiado. Odiado. Odiado. Absolutamente odiado. Cem por cento odiado. As únicas pessoas que não o odiaram foram alguns dos jornalistas que o resenharam, mas os fãs o odiaram. Todos odiaram."
Na sequência, o baterista explicou os motivos da reação negativa. De acordo com Hoglan, a abordagem mais melódica surpreendeu — e irritou — uma base de fãs acostumada ao peso absoluto das obras anteriores.
"Eles [os fãs] diziam: ‘Que diabos vocês fizeram com a minha banda favorita?’; ‘Cadê Scream Bloody Gore?’; ‘Cadê Leprosy?’; ‘Cadê Spiritual Healing?’; ‘Isso é besteira musical, melódico. O que é isso?’. O mundo não estava pronto. Eles não estavam acostumados. Eles estavam acostumados a ouvir seu death metal de forma realmente, realmente brutal e não melódica. E isso é uma coisa que eu darei crédito ao Death, ao Chuck, e a todos que estiveram envolvidos."

Gravado por Chuck Schuldiner (guitarra/vocal), Bobby Koelble (guitarra), Kelly Conlon (baixo) e Gene Hoglan (bateria), "Symbolic" é hoje reconhecido como um marco do metal extremo. O álbum pode ser ouvido no Spotify.
O Death encerrou atividades após a morte de Chuck Schuldiner, que faleceu em 13 de dezembro de 2001, aos 34 anos. Sua trajetória, embora interrompida precocemente, deixou marcas indeléveis na história do metal extremo.

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