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Nando Reis diz que álcool e cocaína ajudaram a desgastar relação com membros dos Titãs

Por Mateus Ribeiro
Postado em 31 de julho de 2023

O músico brasileiro Nando Reis, um dos integrantes da banda brasileira Titãs, abriu o jogo sobre seus antigos vícios em longo texto escrito por ele mesmo, publicado no site da revista Piauí. Sóbrio há cerca de sete anos, Nando falou sobre os problemas ocasionados pelo uso de álcool e cocaína, e como o uso dessas substâncias afetou a sua vida.

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Abaixo, é possível conferir alguns trechos do texto original.

Álcool era uma válvula de escape

Segundo Nando Reis, ele era uma pessoa insegura, que tinha certa dificuldade de lidar com alguns comportamentos que fazem parte do mundo musical, como a inveja e a competitividade. O álcool acabou se tornando uma válvula de escape.

"Fundamos os Titãs em 1982 e deixei a banda vinte anos depois, num momento em que eu estava bebendo muito. Hoje percebo o quanto o uso abusivo de álcool e cocaína foi um elemento crucial para o desgaste da minha relação com o grupo. Eu era um cara inseguro e muitas vezes não me sentia à vontade no meio artístico. Tinha dificuldade de lidar com a hostilidade, a competitividade e a inveja no ambiente em que atuo. Esses sentimentos faziam com que eu me visse ameaçado – e o álcool atenuava essa angústia."

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O álcool era presença constante na vida pessoal e profissional de Nando

Em outro trecho de seu relato, Nando afirmou que bebia com frequência, inclusive enquanto estava trabalhando.

"Eu bebia compulsivamente, inclusive no ambiente de trabalho. Cometi o erro primário de vincular a bebida ao meu processo de criação artística. Na minha cabeça, o álcool estava associado à minha atuação como músico e compositor, então era indistinto para mim beber durante a semana ou no final de semana. Eu bebia sempre."

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"Eu não me importava de ficar bêbado e cheirado"

A relação de Nando com a cocaína começou quando ele estava com 27 anos. O artista disse que fez muitos shows chapado e acabou se tornando uma figura folclórica.

"A cocaína entrou na minha vida aos 27 anos. Era uma droga presente nos ambientes que eu frequentava nos anos 1980 e 1990. Logo desenvolvi uma dependência cruzada de álcool e cocaína. Eu não me importava de ficar bêbado e cheirado, ao contrário: achava graça nisso. Me divertia sendo o mais doido, o que cheirava a maior carreira, o que bebia todas. Me tornei a figura folclórica, o cara que virava cinco noites sem dormir e fazia shows nesse estado. Fiz dezenas de apresentações completamente embriagado. Pensava: "Olha como eu sou doido, olha como eu sou foda." Achava que ir a uma sessão do AA (Alcóolicos Anônimos) colaborava para a minha biografia de excêntrico."

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Tentativa de suicídio e mudança de vida

Em 2016, enquanto estava nos Estados Unidos, Nando cogitou tirar a própria vida, ideia que, felizmente, não foi concretizada.

"O fundo do poço foi uma viagem para Seattle em 2016. Ali não havia cocaína, então mergulhei de cabeça no álcool. Eu simplesmente não conseguia parar de beber. Foi a primeira vez que acordei no meio da noite sentindo a necessidade de ingerir álcool. Percebi que estava ficando louco, desesperado e não enxergava saída para aquela situação. A Vânia [esposa de Nando] já não falava mais comigo, meus filhos não queriam mais saber de mim, eu havia afastado as pessoas mais queridas e mais importantes da minha vida. Precisava retornar para o Brasil porque estava no meio de uma turnê importante, mas não tinha a menor condição de subir no palco e cumprir meus compromissos. Pensei: ‘Fudeu, vou me matar’.

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Só que eu estava hospedado num hotel de dois andares, não adiantava pular da janela. Eu não tinha revólver, não havia fogão ali, então pensei: "Vou cortar meus pulsos." Fui à farmácia, comprei uma pomada de xilocaína e passei, na esperança de não sentir dor. Cheguei a quebrar uma garrafa de vidro para ter um objeto cortante, mas não tive coragem de ir até o fim. Aquela não era a primeira vez que eu tentava me matar. Já tinha feito uma tentativa anterior com remédios e outra no vigésimo terceiro andar de um prédio. Subi no parapeito, olhei para baixo, mas não tive forças para me jogar.

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De Seattle, liguei para o meu psiquiatra e falei: ‘Pelo amor de Deus, me interna, preciso parar de beber’. Cheguei ao Brasil no início de maio de 2016, consegui ficar dois dias limpo, a Vânia viajou comigo para o show em Fortaleza e consegui me apresentar. Depois comecei a frequentar um grupo do AA no bairro onde eu moro em São Paulo."

A sobriedade e o reencontro com os Titãs

Nando começou a se tratar e abandonou os seus vícios e contou com a ajuda de dois grandes nomes da música brasileira, Gilberto Gil e Caetano Veloso. "Credito parte do ‘milagre’ da minha sobriedade ao Gilberto Gil, meu ídolo ao lado do Caetano Veloso. Fui convidado para me apresentar com ele e a Gal Costa num show no dia 7 de outubro de 2016, em Brasília. O evento comemoraria o centenário de nascimento do Ulysses Guimarães, figura que é um símbolo da democracia brasileira. Um pouco antes, eu tinha voltado a beber e teria que participar de um ensaio para essa apresentação. Lembro que fui para lá alcoolizado. Consegui fazer o ensaio razoavelmente bem, mas percebi que não poderia continuar daquele jeito. Se eu me apresentasse bêbado ao lado do Gil, eu simplesmente ia arruinar a minha carreira.

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Não sei dizer o que aconteceu na minha cabeça, mas desde então parei de beber e não tive nenhuma recaída", afirmou Nando, que está fazendo shows com a formação clássica do Titãs.

"Parei de beber no dia 6 de outubro de 2016. Portanto, reencontrar meus amigos para uma turnê agora, após quase sete anos limpo, é uma experiência inédita e significativa. Esse processo da recuperação da sobriedade e, consequentemente, da lucidez é uma espécie de despertar para mim."

Nota do Redator: caso tenha problemas com álcool ou drogas, procure ajuda.

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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