Chris Cornell e o fantástico álbum do Pink Floyd que mexeu profundamente com ele
Por Bruce William
Postado em 07 de agosto de 2023
A Louder relembrou trecho da conversa de Chris Cornell com Dave Ling, que foi publicada em 2007 na edição 109 da Classic Rock, onde o saudoso cantor fala de sua paixão por um álbum clássico do Pink Floyd.
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"Eu e o baixista original do Soundgarden, Hiro Yamamoto, costumávamos dividir o mesmo quarto. Um dia, vasculhei a coleção de discos do cara que era o dono da casa. Eu já conhecia o Pink Floyd, mas nunca tinha visto 'The Piper At The Gates Of Dawn' antes. A arte era tão incomum. Coloquei o disco para tocar e ele soava um pouco como eles normalmente faziam - eles faziam músicas sombrias, o tipo de discos que pessoas que usavam muita maconha ouviam - mas aquilo era diferente. Quase poderia ter sido um disco de indie rock britânico da época em que estávamos, meados dos anos oitenta", diz Chris.
"O álbum traz algumas das canções mais conhecidas do Pink Floyd, incluindo 'Astronomy Domine' e 'Interstellar Overdrive', e cada música é fantástica. Ele se conecta comigo de uma maneira que eu simplesmente não consigo descrever, criando um ambiente muito especial que nenhum outro disco consegue alcançar. Ele é mais capaz de te transportar para longe de onde quer que você esteja quando o ouve do que qualquer outro disco que eu conheço".
Prossegue o vocalista: "Eu também sou um grande fã do álbum subsequente da banda, 'A Saucerful Of Secrets', mas por razões diferentes. Nele, Syd Barrett escreveu apenas uma música, 'Jugband Blues'. Mas, exceto por 'Take Up Thy Stethoscope And Walk' de Roger Waters e a instrumental 'Interstellar Overdrive', 'The Piper At The Gates Of Dawn' foi atribuído principalmente a Syd. Eu gosto de ambos esses álbuns mais do que os discos que o Pink Floyd fez sem Syd, quando virou uma banda de arena. Acho que eu tinha medo de multidões".
Depois de comentar que se lembrava de quando o "The Dark Side Of The Moon" foi lançado em 1973, explicando que onde ele morava o Pink Floyd era literalmente empurrado na sua cara, então ele conhecia todas as músicas apesar de não ter o disco. "Para mim, a alegria do Pink Floyd estava em retroceder e descobrir o que eles faziam antes. E o importante em 'The Piper At The Gates Of Dawn' era a estranha justaposição da música - às vezes lúdica e pastoril, mas ao mesmo tempo desesperada e triste. Eu acho que nunca encontrei outro disco em que esse tipo de dicotomia funcionasse tão bem".
Comprovar o quanto o álbum foi marcante, Chris conta que no decorrer dos anos comprou várias vezes o disco, comentando que a edição britânica trazia "See Emily Play", canção que não aparecia na edição norte-americana. "Uma das edições tinha uma fotografia em silhueta das cabeças e braços da banda na capa. Acabei pintando isso na parte de trás da minha jaqueta de moto. A imagem me lembrava tão bem como o disco me fazia sentir".
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