Os desafios diversos ao gravar seu último álbum no Megadeth, segundo David Ellefson
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de novembro de 2023
Em uma entrevista franca e reveladora transcrita pelo Ultimate Guitar, David Ellefson, ex- baixista do Megadeth, explicou como foi gravar "Dystopia", seu último álbum com a lendária banda de thrash metal Megadeth. Ellefson compartilhou detalhes sobre os desafios únicos enfrentados durante as sessões de gravação, enfatizando a dinâmica entre ele e o icônico líder do Megadeth, Dave Mustaine.
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A entrevista começou com Ellefson relembrando as circunstâncias distintas em torno da gravação de "Dystopia" em um estúdio em Nashville. "Eu entrei no estúdio em Nashville e gravei 'Dystopia', o álbum do Megadeth. Foi engraçado porque gravei esse álbum — era eu e Dave — eu estava lá basicamente gravando o baixo com um metrônomo", compartilhou Ellefson. Sua descrição pintou uma imagem vívida de uma sessão de gravação não convencional em que ele gravou as faixas de baixo sem a companhia de guitarras ou baterias, com Mustaine o guiando pelas músicas no momento.
"Eu não tinha guitarras, não tinha bateria. Não tínhamos ensaiado a música. Ele estava literalmente me mostrando as partes. E eu estava lá, apenas seguindo o metrônomo", continuou Ellefson.
O baixista destacou a importância dessa experiência como um testemunho não apenas de seu papel fundamental no som da banda, mas também da química musical que compartilhava com Mustaine. "Eu diria [que] é um testemunho bastante bom não apenas do meu papel na banda e daquele som, mas também da habilidade de eu e Dave de completar as frases musicais um do outro", comentou Ellefson.
Ao refletir sobre o processo, ele o descreveu como "divertido, muito trabalhoso, mas ótimo". Ellefson ficou contente com o fato de estar gravando com um metrônomo sem conhecimento prévio das músicas, um feito único e desafiador que o deixou se sentindo realizado. "Eu saí de lá pensando, 'não posso acreditar. Acho que este é o primeiro álbum na história do mundo em que o baixista gravou com um metrônomo.' E, novamente, eu não conhecia as músicas, não as ensaiamos", acrescentou.
Ellefson então explorou a evolução da abordagem de Dave Mustaine na produção da música do Megadeth. Mustaine, conhecido por seu envolvimento prático no processo de produção, tem assumido cada vez mais o papel de autoproclamado produtor nos últimos anos. Ellefson ofereceu insights sobre a mentalidade de Mustaine, afirmando: "Dave é o tipo de cara que acabou produzindo a maior parte das coisas sozinho — ele e Chris Rakestraw [produtor] — porque, nos últimos anos, ele sabia o que queria. Ele sabia como queria gravar."
O baixista abordou os desafios de colaborar com Mustaine, observando a preferência deste por autonomia no processo criativo. "Você não pode viver na cabeça de alguém. É como, 'olhe, coloque isso aqui para que possamos discutir e ajustar termos e trabalhar juntos nisso.' E não era assim que ele queria fazer discos. Ele queria suas ideias", explicou Ellefson.
Nos primeiros dias, Mustaine pode ter se sentido comprometido por influências externas, como empresários e produtores. Ellefson observou uma mudança nos álbuns mais recentes, especialmente em "Dystopia", onde a necessidade de autoria na produção tornou-se imperativa para Mustaine. "Acho que nos primeiros dias, ele sempre se sentia um pouco comprometido por outras pessoas que queriam palpitar, empresários e produtores. Então, o que eu vi especialmente com 'Dystopia' e até o último disco, foi que ele precisava se autoproduzir. Era a única opção para fazer isso", concluiu Ellefson.
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