A reação da mãe de Raul Seixas após descobrir mentira mantida pelo filho por 1 ano
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de abril de 2024
Raul Seixas teve uma infância feliz com pais que conseguiram dar uma condição de vida bastante confortável para ele. Isso não impediu, no entanto, que o rockstar tivesse seus momentos rebeldes.
Em entrevista publicada pelo canal oficial do Raul Seixas, Plínio Seixas, seu irmão mais novo, contou uma história incrível que acabou com a dupla quase apanhando do pai, que se chamava Raul também.
"A minha sobrinha pediu para eu fazer um relato sobre uma história que tive com meu irmão Raulzito. Isso foi em torno de 1959, por aí. Minha mãe foi matricular a gente no Mosteiro de São Bento. Ele me influenciou e peguei duas cadernetas de registro de assiduidade de frequência. Era para os pais fazerem o controle. Pegamos escondidos. Quando saímos, os padres deram aos nossos pais a caderneta oficial.
Quando começaram as aulas, fizemos carimbos de presença para a nossa caderneta. Meus pais mandavam a gente para a escola com as cadernetas oficiais. Nós trocávamos a caderneta! Mostrávamos aos nossos pais as notas sempre altas nas cadernetas. Não botávamos tudo dez, para eles não desconfiarem. Nós falsificávamos as assinaturas também dos nossos pais. Resultado? Passamos de ano em casa e perdemos o ano lá na escola de verdade! Tivemos um Natal maravilhoso, ganhamos muitos presentes porque fomos alunos bons. Sempre dava o frio na barriga do medo do que ia acontecer.
Uma hora iam descobrir. Chegou o dia que minha mãe foi matricular a gente no ano seguinte. Ficamos com medo, imaginando a merda que ia dar. Ela descobriu, entrou em casa chorando, foi para o quarto a tarde toda. Meu pai estava no trabalho. Ela falava que ia mandar ele dar uma surra na gente. Chegou meu pai. O que íamos fazer? A ideia do Raul foi vestir uma porção de roupas por cima uma da outra, para quando o nosso pai fosse bater, não doer. Vestimos pijama, calça, paletó e suéter.
Nos cobrimos na cama. Ele foi tomar banho e disse que ia dar uma surra depois. Meu pai veio com o cinto e pediu para levantar. Ele viu que estávamos com um monte de roupas! Ele começou a dar risada ao invés de bater! A mamãe dizendo para surrar. Ele botou uma cadeira na frente e disse baixinho: ‘Comecem a gritar’. Aí, começou a bater na cadeira com o cinto. Nós aproveitamos e gritamos! [risos]. Daqui a pouco minha mãe grita: ‘Assim é demais! Vai matar os meninos!".
Já em entrevista a Marília Gabriela, Raul Seixas falou um pouco mais sobre sua relação com seu irmão caçula.
"O Plínio é meu irmão. Ele é quatro anos mais moço do que eu. É o único que tenho, o caçula. Ele sempre foi meu grande amigo. Temos uma interação muito grande, eu viajava com ele. Escrevi meu livro para ele. Ainda tinha que ler para ele no começo! Eu o levava por viagens incríveis através do universo. Ele não entendia porque o universo não tinha fim. Ele achava que tinha que terminar. A planta nasce e morre. O homem nasce e morre. Tudo tem que ter um fim. Eu tentava inventar um fim para o universo. Ele é físico nuclear hoje. Deu certo o professor maluco".
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