A banda australiana que todos achavam que ocuparia o lugar do AC/DC, conforme Alex Skolnick
Por Bruce William
Postado em 29 de setembro de 2024
Embora sempre tenham existido muitas bandas talentosas que produzem músicas de alta qualidade, diversas razões podem impedi-las de alcançar o topo da fama. Fatores como a falta de promoção adequada, mudanças de tendências musicais, problemas internos, a competição feroz no mercado ou a falta de sorte, pura e simplesmente falando, podem limitar o reconhecimento de grupos que, de outra forma, poderiam ter um impacto significativo na indústria.
Além disso, algumas bandas podem ter uma base de fãs leal, mas não conseguem atrair um público mais amplo, permanecendo muitas vezes como joias escondidas que influenciam outros artistas sem receber a atenção que merecem. Isso evidencia a complexidade do sucesso no mundo da música, onde o talento não é sempre sinônimo de fama - há inclusive quem afirme que raramente talento significa fama.
No caso do AC/DC, todos esses fatores se convergiram e a banda se destacou mundialmente devido à sua sonoridade energética e inovadora, combinando riffs de guitarra poderosos com letras cativantes, contando com a presença carismática de vocalistas como Bon Scott e Brian Johnson, além de um estilo de performance eletrizante, que ajudaram a criar uma identidade única.
A produção de alta qualidade e o marketing eficaz também contribuíram para a construção de sua imagem como uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, com álbuns clássicos como "High Voltage" e "Back in Black", este último um dos discos mais vendidos da história da música.
Mas de acordo com Alex Skolnick, guitarrista do Testament e que também mantém um trabalho ligado ao jazz, havia na Austrália uma banda da mesma época que poderia ter ocupado o lugar do AC/DC. "Havia toda uma cena de Hard Rock na Austrália. Falavam que lá existia tipo um Big Four do Hard Rock", disse Alex ao This Day In Metal, fazendo alusão ao "Big 4" do Thrash, que são Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax.
Ainda conforme Alex, ao ser questionado se havia bandas que mereciam mais reconhecimento, ele disse, conforme transcrição do Metal Head Zone: "Eu acho que todos pensavam que o Rose Tattoo seria a banda que iria conquistar a América, que ia abrir as portas. O AC/DC? Muito selvagem, muito australiano, seja lá o que for. E todos ficaram em choque quando o AC/DC foi a banda que fez o que achavam que aconteceria com o Rose Tattoo."
O Rose Tattoo e o AC/DC foram formados na Austrália mais ou menos na mesma época. No começo da carreira, ambas bandas trabalharam com os mesmos produtores, Harry Vanda e George Young (irmão de Angus e Malcolm), e também com a Albert Productions. Em 2016, Angry Anderson, vocalista do Rose Tattoo, disse que teria considerado se juntar ao AC/DC caso fossem convidados para substituir Brian Johnson em sua turnê. Na ocasião, o AC/DC teve que cancelar as últimas dez datas na América do Norte porque Johnson não pôde se apresentar devido à perda auditiva. A banda terminou a turnê europeia com Axl Rose como vocalista convidado.
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