A cruel razão que impediu George Lynch de ser guitarrista da banda de Ozzy Osbourne
Por Bruce William
Postado em 13 de setembro de 2024
Randy Rhoads, Brad Gillis, Jake E. Lee, Gus G., Zakk Wylde. A lista de guitarristas que passaram pela banda de Ozzy Osbourne é fabulosa. E ela poderia ter contado com mais um grande nome: George Lynch, conhecido pelo seu trabalho com o Dokken e com o Lynch Mob, virtuoso músico que chegou a tentar a vaga nada menos que uma ou duas, mas três vezes.
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Em relato para a Ultimate Guitar, George contou como foi a última tentativa, e revela os curiosos motivos que fizeram com que ele não fosse aprovado.
"Bem, não era a primeira vez que eu tentei conseguir essa vaga. Foi a terceira vez. Então eu estava meio que pensando: 'OK, dessa vez é real. Dessa vez vai dar certo.' E eu tive tempo para me preparar. Warren DeMartini me ajudou, porque eu não era muito bom em destrinchar tudo, já que as coisas do Randy Rhoads são muito difíceis, como você pode imaginar. Muito pouco convencionais e não exatamente no meu estilo. Eu estava meio que, 'O que diabos ele está tocando aqui? O timing é estranho e o acorde... Eu não consigo entender.' Então, Warren me ajudou a decifrar."
George conta que ele chegou a ganhar a vaga. Ou quase: "E então eu entrei. Eu conhecia o material. Eles me levaram para vários lugares. Fui para a Escócia, Irlanda, Inglaterra, voltei para o Texas para ensaios. Fizemos algumas turnês, mas eu não subia no palco durante o show. Às vezes, fazia a passagem de som com ele e coisas assim. Só andava com a banda. E acho que eles queriam ver como eu me encaixava com todos em termos de química."
"Mas eles tinham dois problemas comigo", explica. "Ozzy tinha um problema com meu cabelo curto. Eu tinha o cabelo curto na época. E, depois, a esposa dele tinha um problema com a minha guitarra verde. Ela disse que parecia uma 'meleca'. Não se importava com o som, não se importava com o que eu estava tocando."
George tentou resolver a situação: "Eu disse [para Sharon]: 'Bem, eu tenho outras guitarras. Essa é só a que eu trouxe.' 'Por que você trouxe essa?' Ela continuava a mencionar isso no jantar e nos ensaios. Eu insistia: 'Eu realmente tenho muitas outras guitarras. Não é um problema. E meu cabelo cresce. E adivinhe? Seu marido é careca.' Ozzy estava sem cabelos na época. Mas ele é o Ozzy, e ele pode fazer o que quiser. 'E eles têm essas coisas chamadas perucas, e muitos roqueiros as usam. Eu posso usar uma dessas. Que tal?' Mas nunca tive a chance de passar disso e ir além."
Foi então que a coisa desandou: "Então, ainda estavam comigo na banda, até que... Cerca de um mês se passou, e estávamos viajando, ensaiando em Dallas por um tempo. Depois mudamos os ensaios para Los Angeles. E então, Wendy Dio, acho, continuava pressionando ele para pegar um dos caras dela [que ela empresariava]. E Jake [E. Lee] era um deles. Então fizeram uma audição que eu não fiquei sabendo, e eu simplesmente apareci para ensaiar e lá estavam os outros caras no palco. Ninguém me disse nada".
Neste ponto, George percebeu que seu "rival" tinha algo que faltava para ele: "E Jake E. estava lá, não tocando muito bem, ele mesmo admitiu depois, porque conversamos depois. Mas ele estava fantástico. Ele tinha uma roupa de couro inteira com todos esses acessórios, e o cabelo dele ia até a bunda. Ele estava fantástico. E se movia muito bem. Então, Ozzy voltou para os camarins e disse: 'Ei...' É difícil entender o que ele estava dizendo, com o sotaque dele, eu não conseguia realmente entender o que ele dizia. Mas compreendi que eu estava demitido. Foi bem difícil", finaliza.
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