A pior canção dos Beatles, de acordo com John Lennon; "Sempre odiei essa música!"
Por Bruce William
Postado em 29 de novembro de 2024
Os Beatles mudaram para sempre o curso da música popular com sua criatividade e capacidade de inovação. O conjunto se destacou ao lançar canções que misturavam simplicidade e sofisticação e alcançaram sucesso mundial. Mais do que uma banda de Rock, eles se tornaram um símbolo de transformação cultural, influenciando não só a música, mas também comportamento, moda e sociedade.
A base do sucesso dos Beatles era a parceria entre Lennon e McCartney. Eles tinham uma química incomparável, que resultava em músicas equilibradas e únicas. Enquanto Lennon preferia uma abordagem mais visceral e direta, McCartney complementava com harmonias e uma visão melódica mais refinada. Essa dinâmica colaborativa foi fundamental para criar algumas das músicas mais memoráveis da história do Rock.
No entanto, a relação entre Lennon e McCartney começou a se desgastar com o tempo. Divergências artísticas e tensões pessoais se intensificaram no final da década de 1960, especialmente após a morte de Brian Epstein. A presença de Yoko Ono e os conflitos sobre o controle do grupo também agravaram a situação. Esse afastamento contribuiu para a separação dos Beatles em 1970, deixando claro que a mágica da banda dependia de uma parceria que, infelizmente, se perdeu.
Já fazia algum tempo, na verdade, que Lennon havia perdido a paciência com as músicas de Paul que tinham inspiração em coisas do passado como vaudeville e espetáculos teatrais. Conforme apontou a Far Out, Lennon frequentemente criticava duramente algumas das canções mais leves e fantasiosas de McCartney no catálogo dos Beatles, como "When I'm Sixty-Four" ("Eu jamais sonharia em escrever uma música assim"), "Rocky Raccoon" ("Agradeço a Deus por não ser uma das minhas") e "Birthday" ("Um lixo").
Até mesmo músicas como "Helter Skelter" eram criticadas por Lennon: "Não sei o que 'Helter Skelter' tem a ver com esfaquear alguém. Nunca a ouvi propriamente. Era apenas um barulho", assumindo que, de fato, sequer chegou a prestar atenção na letra.
Apesar de criticar tanto as diferenças estilísticas de McCartney, Lennon também era severo com suas próprias composições, provando que não era apenas o maior crítico dos colegas de banda, mas também de si mesmo. Muitas músicas de Lennon nos Beatles foram desprezadas pelo próprio compositor, e ele não poupava palavras quando falava de suas obras. A mesma expressão "lixo" usada contra o trabalho de McCartney ele usava ao falar de algumas de suas próprias criações, como "Sun King", que ele disse ser "um lixo perdido por aí", e "Mean Mr. Mustard", descrita como "uma porcaria que escrevi na Índia."
Embora tivesse pouca consideração por essas faixas do álbum "Abbey Road", Lennon reservava ainda mais desdém para músicas de períodos anteriores. Ele expressou uma aversão imensa por "It’s Only Love", do álbum "Help!", dizendo ao escritor David Sheff: "Sempre achei que era uma música horrível. As letras eram terríveis. Sempre odiei essa música!" No entanto, sua rejeição foi ainda maior com "Run For Your Life", a última faixa de "Rubber Soul", que ele declarou ser sua "música menos favorita dos Beatles".
Conforme explica o wikipedia: "A letra da canção se trata de um homem dialogando com uma mulher, que possivelmente seria sua namorada ou esposa. Ele diz em tom ameaçador que se ela o traisse, esse seria o seu fim, em frases como 'Well, I'd rather see you dead, little girl, than to be with another man' (Bem, eu preferiria te ver morta, garotinha, do que te ver com outro homem); 'Catch you with another man, that's the end, little girl' (Te pegar com outro homem, esse é o fim, garotinha); 'Well, you know that I'm a wicked guy and I was born with a jealous mind' (Bem, você sabe que sou um cara perverso e que eu nasci com uma mente ciumenta)."
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