Por que Chris Cornell foi cogitado no Faith No More, e porque não deu certo
Por Bruce William
Postado em 24 de novembro de 2024
O Faith No More nasceu oficialmente em 1981, após o fim do Faith No Man, banda que era liderada por um sujeito chamado Mike "The Man" Morris. Insatisfeitos com Morris, Roddy Bottum, Mike Bordin e Billy Gould decidiram seguir sem ele e formar um novo grupo. O nome Faith No More surgiu por sugestão de um amigo, em referência ao fato de que "The Man" (Morris) "não mais" (no more) faria parte da banda.
Para ocupar a vaga deixada por Morris na guitarra, Jim Martin foi recrutado. Já na posição de vocalista, diversos músicos passaram pela banda nessa fase inicial, incluindo Courtney Love, que, segundo ela, foi expulsa após alguns shows porque "eles queriam uma banda só de homens." A escolha definitiva acabou sendo Chuck Mosley, que gravou os dois primeiros álbuns do grupo: "We Care a Lot" (1985) e "Introduce Yourself" (1987).
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Em maio de 1988, o Faith No More chegou a um ponto de ruptura. A saída de Chuck Mosley, precedida por um incidente em um hotel durante a turnê europeia, marcou o fim de uma relação já desgastada. O último show com Mosley ocorreu em 24 de maio, no Town & Country Club, em Londres, fechando um capítulo importante da história da banda.
Sem Mosley, os integrantes voltaram para San Francisco determinados a criar algo novo. Durante meses, Mike Bordin, Jim Martin, Billy Gould e Roddy Bottum se dedicaram à composição de "The Real Thing", um álbum que seria fundamental para a evolução da banda. Todo o disco foi escrito sem um vocalista definido, o que deu liberdade criativa ao grupo, mas também tornou crucial encontrar a voz certa para interpretar o material.
Entre os nomes cogitados, estava Chris Cornell, do Soundgarden, um dos maiores talentos da cena grunge emergente. "O Faith No More pensou em Chris Cornell pois era uma banda que estava prestes a se tornar grande, eles só precisavam de um cantor excepcional", diz Matt Wallace, produtor do "The Real Thing" e colaborador de longa data do FNM.
O saudoso Chris comentou em uma ocasião: "Me lembro de fazer um show em um bar em Vancouver, BC, em 1986. Mike Bordin do Faith No More estava lá - não sei por que, mas ele estava lá - e estávamos a todo vapor". Mas a ideia não funcionou: "O Soundgarden abriu para nós algumas vezes em Seattle. A gente era amigo dos caras. Acho que um dia, Mike e eu fomos à casa de Chris fazer uma jam, mas acho que não tivemos conexão musical", disse Billy Gould. E, com isso, o Faith No More decidiu por um caminho mais ousado, apostando em Mike Patton, vocalista do experimental Mr. Bungle.
A decisão de trazer Patton foi um divisor de águas na banda. Para Bordin, a escolha fazia sentido, já que Patton não se encaixava nos moldes tradicionais dos grupos de Rock da época. "Mike Patton era o único cara por aí que entendia a música que estávamos escrevendo", diz Billy. "Ele não era nenhum daqueles caras que estavam por aí - ele era todos eles e, ao mesmo tempo, nenhum deles".
Com informações da Wikipedia, Metal Hammer e Faith No More Lovers.
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