O hit do Black Sabbath que Geezer Butler acha constrangedor: "Não sei, é esquisita"
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de dezembro de 2024
Geezer Butler, baixista do Black Sabbath, refletiu sobre a trajetória da banda e destacou como algumas músicas foram mal interpretadas ao longo dos anos. Durante entrevista ao Lifeminute (via Ultimate Guitar), o músico comentou sobre o impacto do nome da banda e revelou a faixa que considera mais "cringe" em sua opinião.
A associação com o ocultismo sempre cercou a banda, mas Geezer apontou que a ligação com o satanismo era mais uma estratégia promocional do que uma essência artística. Na entrevista, ao ser questionado sobre músicas que ele descreve como constrangedoras em sua autobiografia, Geezer citou a faixa "Gypsy".
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"Talvez seja porque eu a escrevi, e eu odeio ouvir coisas que escrevi. Toda a ideia por trás dela é simplesmente… Não sei, é esquisita." Geezer, que foi o principal letrista durante a fase clássica da banda, também comentou sobre os desafios de compor em diferentes momentos da carreira. Ele comparou o processo criativo inicial ao período do álbum final da banda, "13" (2013).
"Nos velhos tempos, sim, as letras simplesmente fluíam. Mas, quando fizemos o último álbum, era como arrancar os cabelos tentando pensar em algo. Quando você já tem uma casa com piscina no quintal, fica difícil se inspirar em alguma coisa."
O baixista aproveitou para esclarecer os recorrentes mal-entendidos sobre o Black Sabbath. Apesar das acusações de satanismo, Geezer destacou que muitas letras da banda trazem mensagens opostas, como na canção "After Forever", que aborda questões de fé cristã: "É uma das coisas mais cristãs que você pode ouvir. É sobre perder a fé e, no leito de morte, o que você vai fazer? Vai recuperar a fé e acreditar ou não?"
Ele também comentou sobre a faixa "Black Sabbath", que frequentemente é interpretada como um hino ao ocultismo. Geezer explicou que a intenção era justamente alertar contra os perigos da magia negra, muito popular no final dos anos 1960, especialmente na Inglaterra:
"A música era um aviso sobre entrar no mundo da magia negra e do satanismo. Mas ninguém na Europa ou na Inglaterra realmente se importava com isso. Quando cheguei aos Estados Unidos, fiquei chocado com o quão grande o cristianismo ainda era. Lá, começaram a distorcer nossas letras cristãs, tentando usá-las contra nós."
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