A infeliz decisão que fez produtor do Nirvana perder milhões de dólares em royalties
Por Gustavo Maiato
Postado em 04 de fevereiro de 2025
O álbum "In Utero" (1993) do Nirvana, produzido por Steve Albini, continua sendo um dos marcos do rock alternativo. Em entrevista ao podcast Booked on Rock (via Ultimate Guitar), o escritor Robert Boyd, autor de "Before the Storm: The Formative Years of America's Last Great Band", revelou que Albini recusou milhões em royalties ao optar por um pagamento fixo pelo trabalho.
"Ele era um homem de princípios", afirmou Boyd. "Acho que recebeu cerca de 100 mil dólares, talvez mais, mas abriu mão de milhões." Albini foi escolhido pela banda por sua capacidade de capturar um som cru e intenso, contrastando com a produção polida de "Nevermind" (1991).
As gravações ocorreram no Pachyderm Studios, em Minnesota, em fevereiro de 1993. O local isolado foi escolhido para afastar a banda da mídia e, principalmente, tentar reduzir os riscos de Kurt Cobain recair no vício em drogas. "Ele estava em um momento em que seu vício estava completamente fora de controle", disse Boyd.
Apesar das dificuldades pessoais, o clima das gravações foi positivo. "Tudo o que li sobre essas duas semanas indica que foi um período incrível. Há poucas imagens, mas em todas eles estão sorrindo, se divertindo", destacou o autor.
Lançado em 21 de setembro de 1993, "In Utero" foi um sucesso, atingindo o topo das paradas e vendendo mais de seis milhões de cópias nos EUA. Para Krist Novoselic, o disco era um "teste de pureza" para os fãs, buscando afastar aqueles que haviam se tornado seguidores casuais após o sucesso de Nevermind.
"’In Utero’ é uma obra-prima", concluiu Boyd. "Eles criaram algo incrível em meio ao caos." O álbum acabou sendo o último lançado pelo Nirvana antes da morte de Cobain, tornando-se um dos registros mais autênticos e intensos da banda.
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