O único álbum do Cream de que Eric Clapton diz se orgulhar - com ressalvas - de ter feito
Por Bruce William
Postado em 26 de março de 2025
A curta trajetória do Cream marcou os anos finais da década de 1960 com uma mistura de blues, psicodelia e improviso pesado. Apesar do sucesso e da influência que exerceu sobre o rock posterior, Eric Clapton nunca foi exatamente entusiasmado com o legado da banda. Em entrevista à Classic Rock em 2016 (via Far Out), o guitarrista afirmou: "Havia poucas coisas das quais realmente me orgulhava - naquela época e agora. A maioria estava no álbum de despedida."


Lançado em 1969, "Goodbye" reuniu três faixas ao vivo captadas no The Forum, em Los Angeles, durante a turnê de encerramento do grupo. A iniciativa veio após a ruptura causada pela constante tensão entre Ginger Baker e Jack Bruce. Apesar do clima de fim de festa, algumas composições se destacaram, como "What a Bringdown", escrita por Baker, e "Badge", de Clapton, que contou com George Harrison na guitarra base, creditado como L'Angelo Misterioso.

Clapton explicou que o problema central era a ausência de liderança. "Acho que nos perdemos muito rápido com o Cream. Era tudo fachada. Estávamos apenas tentando manter a coisa funcionando. Não tínhamos um líder, e acho que esse era parte do problema. A liderança mudava num piscar de olhos", disse.
Segundo o produtor Phil Spector, a ideia do disco final só saiu do papel por causa de um blefe do chefão da gravadora Atlantic, Ahmet Ertegun. Em conversa com a Rolling Stone, Spector contou: "Ahmet disse: 'Vocês têm que fazer um último disco pra mim'. Eles responderam: 'Mas cara, a gente se odeia'. E ele mandou: 'Jerry Wexler está com câncer, está morrendo, e quer ouvir mais um álbum de vocês'. Eles gravaram. Depois ele disse: 'Jerry não está morrendo, melhorou muito'."

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