O famoso artista que fez James Hetfield se desafiar para tocar melhor
Por Bruce William
Postado em 20 de abril de 2025
Sabe-se que James Hetfield possui uma precisão quase cirúrgica como guitarrista rítmico. Desde os primórdios do Metallica, ele sempre se mostrou obcecado em fazer com que cada riff soasse pesado, definido e poderoso nos alto-falantes. Ainda assim, mesmo com esse cuidado técnico, ele também se deixa guiar pela inspiração de artistas que, à primeira vista, não têm muito a ver com o thrash metal.
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Um desses nomes é Elton John. Embora represente o lado mais melódico e teatral do rock, o pianista britânico não só chamou a atenção de Hetfield como chegou a desafiá-lo de forma inesperada. O encontro entre os dois mundos aconteceu por meio de uma colaboração especial e também da convivência fora dos palcos, como Hetfield revelou para a Ultimate Classic Rock: "Estar com Elton e Bernie Taupin me desafiou. Ver como eles escrevem... Elton é um visionário, ele pega uma letra como um poema e vê a música surgir. Isso é bizarro para mim."
O vocalista e guitarrista do Metallica reconheceu que aquela abordagem instintiva de composição, onde a música simplesmente "aparece" a partir de uma letra escrita, contrasta completamente com o modo como ele trabalha, conta a Far Out. Mas foi justamente esse contraste que o instigou. "Me inspiro em vários tipos de música, só de ouvir já me sinto inspirado", disse Hetfield, ressaltando o quanto estar com músicos como Elton e Bernie o faz sair da zona de conforto.

Em sinal de respeito mútuo, o Metallica tocou uma versão mais pesada de "Funeral For A Friend/Love Lies Bleeding", enquanto Elton John declarou que "Nothing Else Matters" é uma das canções mais bonitas que já ouviu. A admiração foi além da estética: era sobre profundidade emocional e construção musical. Mesmo vindo de origens diferentes, ambos compartilham o gosto por composições marcantes e arranjos impactantes.
A influência de Elton não foi a única forma de Hetfield explorar novos territórios. O guitarrista sempre buscou integrar elementos que expandissem sua linguagem, como quando sua banda passou a abrir shows com uma versão de "The Ecstasy of Gold", de Ennio Morricone - peça orquestral que exige sensibilidade e construção harmônica, algo que também conversa com a escola musical de Elton John.

No fim das contas, Hetfield nunca viu problema em mudar e experimentar. O que para alguns pode parecer um desvio de rota, para ele é apenas evolução natural. "One" tocando nas rádios foi, um dia, uma aposta arriscada. Se depender de Hetfield, arriscar-se sempre valerá mais a pena do que ficar preso ao mesmo formato.

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