A banda que Slash não considera parte de sua carreira: "Não era algo permanente"
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de julho de 2025
Antes de retomar a parceria com Axl Rose e excursionar novamente com o Guns N’ Roses, Slash percorreu muitos caminhos paralelos que ajudaram a moldar sua identidade como guitarrista fora da sombra da banda que o tornou famoso. De colaborações com Myles Kennedy ao supergrupo Velvet Revolver, o músico construiu uma discografia rica, repleta de riffs marcantes e solos inspirados. Mas, entre todos os projetos que levaram seu nome ao lado de outras formações, há um que ele próprio prefere colocar entre parênteses: o Snakepit.


Slash iniciou o Snakepit ainda durante seus anos no Guns N’ Roses, como uma espécie de refúgio criativo. Contudo, como revelou em entrevista resgatada pelo Far Out Magazine, ele nunca viu a primeira versão do grupo como algo definitivo. "A primeira não conta", afirmou. "Tínhamos um monte de caras juntos, gravamos algumas coisas e chamamos de Snakepit porque eu tinha cobras. Mas eu ainda estava no Guns naquela época; não era algo permanente".

A primeira formação realmente séria do Slash’s Snakepit veio após sua saída da banda original. Com mais foco e uma proposta concreta, o guitarrista decidiu levar o projeto adiante. "Essa sim foi uma jogada de carreira", disse. "Era todo mundo naquele espírito de ‘vamos fazer isso acontecer’. Não só por mim, mas cada integrante queria fazer aquilo dar certo. Levou um ano para tudo ficar pronto".
Apesar das dificuldades e do contexto conturbado — incluindo abuso de substâncias e problemas pessoais —, a música gerada pelo Snakepit tem seu valor. Faixas como "Neither Can I" ainda são lembradas com carinho pelos fãs e mostram um Slash mais cru e visceral, livre das tensões internas do Guns N’ Roses. Mas nem tudo foi positivo: "A última formação do Snakepit foi um desastre total. Por mais que eu gostasse, eu estava completamente destruído", admitiu o guitarrista. "Quase me matei de tanto beber — tinha muita coisa acontecendo".

Hoje, Slash não renega totalmente o Snakepit, mas tampouco o coloca no mesmo pedestal de outras fases de sua carreira. Diferente das colaborações com Myles Kennedy — com quem construiu uma sólida sequência de álbuns e turnês — ou do Velvet Revolver, projeto que contou com outros ex-integrantes do Guns e rendeu hits como "Slither", o Snakepit soa como um capítulo experimental, turbulento e, nas palavras dele, passageiro.

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