O musical dos anos 1940 de onde Paul McCartney tirou o termo "Jude" em "Hey Jude"
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de setembro de 2025
Poucas canções na história do rock carregam tanta carga emocional quanto "Hey Jude", dos Beatles. Escrita por Paul McCartney em 1968, a faixa nasceu como uma mensagem de conforto ao pequeno Julian, filho de John Lennon, que enfrentava a separação dos pais. Mas, como é comum na obra dos Beatles, a inspiração inicial logo se transformou em algo muito maior, universal.
Em seu livro "As Letras", McCartney relembra como o título da canção foi alterado no processo criativo. A primeira versão se chamava "Hey Jules", uma referência direta a Julian. Mas logo ele percebeu que seria melhor tornar a mensagem menos específica: "Primeiro, o título era 'Hey Jules', mas mudou rapidamente para 'Hey Jude', pois achei que era um pouco menos específico. Percebi que ninguém ia saber exatamente do que se tratava, então eu poderia muito bem abri-la um pouco".

Paul McCartney e "Hey Jude"
Curiosamente, o nome "Jude" não veio de nenhuma pessoa próxima, mas sim de um musical da Broadway dos anos 1940. McCartney admitiu que se encantou pela sonoridade após ouvir "Pore Jud Is Daid", uma canção melancólica do clássico Oklahoma! (1943), obra de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. "Até então eu não conhecia alguém chamado Jude. Mas eu gostava desse nome - em parte, acredito, por conta daquela melancólica canção do Oklahoma!, 'Pore Jud Is Daid'", recordou o beatle.
Segundo o site oficial dos compositores, "Oklahoma!' foi um marco da Era de Ouro dos musicais americanos, unindo narrativa, música e coreografia de maneira inovadora, algo comparável ao impacto que os Beatles teriam no rock anos depois. A peça conta a história de Laurey, uma jovem dividida entre dois pretendentes, e o personagem Jud Fry, cuja morte é lamentada na canção que chamou a atenção de McCartney.
Ao longo da entrevista, Paul também destacou a importância de John Lennon para manter intacto um dos versos mais icônicos da música: "The movement you need is on your shoulder". O próprio McCartney queria cortar a frase, mas Lennon o convenceu a mantê-la. "Ele me olhou bem sério e disse: 'Não vai, não. É o melhor verso da letra'. Então, esse verso que eu ia jogar fora teve que ficar", contou.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



AC/DC anuncia show extra no Chile e encerra adição de datas na América do Sul
O hit do Nirvana sobre Whitesnake, Guns N' Roses, Aerosmith e Led Zeppelin
A opinião de Rafael Bittencourt sobre bandas que ficam se apoiando no "Angraverso"
Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Cinco músicas totalmente excelentes lançadas em 2025
Os 25 melhores álbuns do metal britânico, segundo o RYM
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
O veterano que contraiu tuberculose na Malásia e gerou clássico do Iron Maiden
O guitarrista que é o melhor da história e supera Jimi Hendrix, segundo Steve Vai
A música que encerrou todos os shows que o AC/DC fez no Brasil
A música do Queen que Freddie Mercury só tocava no "piano errado"
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa


A banda de progressivo que era os "filhos dos Beatles", segundo John Lennon
A música de Frank Sinatra que é a favorita de Paul McCartney dos Beatles
6 artistas que regravaram músicas que escreveram, mas originalmente foram registradas por outros
O que Ringo Starr dizia de seu antecessor; "nunca senti que ele fosse um grande baterista"
Paul McCartney morreu mesmo em 1966? O próprio - ou seu sósia - responde
O hit de Paul McCartney que John Lennon queria ter cantado: "Eu teria feito melhor"
A música que Paul McCartney não toca ao vivo por ter sido "deturpada" em sua ideia original
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
O clássico dos Beatles que para Noel Gallagher levou a música eletrônica "a outro patamar"


