Como foi a única passagem de Ace Frehley no Brasil, segundo resenhas da época
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de outubro de 2025
O rock perdeu hoje um de seus grandes ícones. Ace Frehley, o eterno "Spaceman" do Kiss, morreu nesta quinta-feira, 16 de outubro, aos 74 anos. Guitarrista de timbre inconfundível e figura lendária da era dourada do hard rock, Ace teve apenas uma passagem solo pelo Brasil, em 5 de março de 2017, quando se apresentou no Tom Brasil, em São Paulo. A noite ficou marcada como um encontro de devoção entre o ídolo e seus fãs - um momento único, que agora ganha um tom ainda mais nostálgico.
Na época, o jornalista Igor Miranda, do Whiplash.Net, acompanhou o show e descreveu a apresentação como "um evento carregado de emoção e gratidão", onde Frehley, aos 65 anos, parecia tentar compensar o tempo perdido. "Ace parece estar disposto a compensar o comportamento errático de outrora. E o show feito em São Paulo demonstrou isto, mesmo com alguns erros técnicos a serem destacados", escreveu Miranda em sua resenha publicada no dia seguinte.

O guitarrista subiu ao palco por volta das 20h, após o som instrumental de "Fractured Mirror" ecoar pelas caixas. Em seguida, abriu o set com Rip It Out, faixa do seu clássico álbum solo de 1978. Acompanhado por Richie Scarlet (guitarra e vocais), Chris Wyse (baixo) e Scot Coogan (bateria), o "Spaceman" entregou uma sequência de canções que mesclaram sua carreira individual com sucessos imortalizados pelo Kiss - entre elas, "Parasite", "Rocket Ride", "Shock Me" e "Cold Gin".
Segundo Igor Miranda, Ace mostrou limitações vocais e alguns tropeços técnicos, mas nada que diminuísse o peso histórico da noite. "Se falta primor técnico, sobra impacto emocional. Bastou que ele mostrasse o instrumento em chamas para que a plateia delirasse", destacou o jornalista. O público, que lotou parcialmente a casa, reagiu com entusiasmo do início ao fim, cantando versos e refrões como se celebrasse não apenas o músico, mas também uma era inteira do rock.
Outros veículos também registraram a ocasião. O jornalista Wallace Magri site Metal na Lata elogiou o clima nostálgico do evento, lembrando que "enquanto Tommy Thayer tenta reproduzir nota por nota os solos de Ace na atual formação do Kiss, aqui era justamente o contrário: Ace sola do jeito que quer, afinal, as músicas são dele". Já o Consultoria do Rock destacou o carisma do guitarrista e a comunhão com o público: "Ace não precisa fingir ser uma estrela. Toca como se estivesse em um ensaio, e é exatamente isso que seus fãs esperam dele".
A noite terminou com "Detroit Rock City" e "Deuce", fechando o círculo de sua trajetória - duas músicas que marcaram o início e o apogeu da carreira de Ace dentro do Kiss. Para quem esteve lá, foi uma viagem no tempo. Para os que não foram, ficou o registro de um momento histórico: a primeira e única vez que o guitarrista subiu sozinho a um palco brasileiro.
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