O artista que Elton John mais admirou, um verdadeiro gigante na história do rock
Por Bruce William
Postado em 15 de outubro de 2025
Houve um momento em que o pianista britânico, acostumado a colocar melodias no topo das paradas, preferiu falar como fã. Ele sempre teve os ouvidos abertos - do clássico que estudou na base até novidades do pop - mas a figura que realmente o desmontava não vinha de conservatório nenhum: John Lennon. Era alguém que ele viu de perto, dentro e fora do estúdio, e que mudou a forma como ele olhava para a própria carreira.
O encontro começou quando "Your Song" abriu portas e colocou os dois no mesmo circuito social. A partir dali, a convivência revelou detalhes que entrevistas não mostram: humor ácido, inseguranças, curiosidade permanente e uma ética de trabalho que não precisava de plateia para existir. O resultado apareceu ao vivo quando dividiram palco na apresentação que se tornaria a última do convidado - uma noite em que a voz voltou com o fogo dos primeiros anos.

A perda, porém, reorganizou tudo. Anos depois, Elton falou sobre aquele trágico momento (via Far Out): "Eu não demonstrei emoção alguma quando ele morreu. Todos os outros foram muito afetados imediatamente. Não há nada que eu possa dizer sobre a música dele. A música dele fala por si. De todas as pessoas que conheci no meio do entretenimento, ele foi a que mais admirei. O maior elogio que posso fazer é que ele foi uma das pessoas mais humildes que conheci, me ensinou muita coisa e também foi uma das mais fascinantes e gentis."
A fala deixa pouco espaço para dúvida, e o contexto explica o resto. Para além do mito, Elton via um artista ensinando, na prática, que sucesso não precisa apagar a humanidade. Havia grandeza nas canções, sim, mas havia também uma pessoa por trás dos óculos, alguém que escutava, aconselhava e devolvia simplicidade num meio que costuma inflar egos.
Entre tantos ídolos, foi nele que Elton "olhou para cima" de verdade, como amigo, referência artística e lembrança que ainda orienta escolhas. Não é sobre comparar catálogos; é sobre reconhecer quem, do seu lado, mostrou um caminho possível para seguir criando quando a fama já não surpreende.
Talvez por isso a homenagem soe tão pessoal. Quando Elton fala de Lennon, ele fala do que espera ser quando a cortina desce: alguém que fez grandes músicas, mas, antes disso, alguém que não perdeu o gesto simples. É esse o padrão que ele guarda, mais forte do que qualquer fantasia de palco.
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