A música do Queen que Brian May disse ser tão "complexa" quanto "Bohemian Rhapsody"
Por Bruce William
Postado em 14 de outubro de 2025
O Queen sempre tratou o estúdio como campo de testes. Entre camadas vocais, cortes bruscos de dinâmica e arranjos que mudam de pele no meio do caminho, a banda entendia que conforto demais vira repetição. Nem tudo funciona sempre, mas o salto criativo costuma compensar o risco.
Dentro desse espírito, o álbum "A Night at the Opera" virou uma vitrine ampla: do pop direto de "You're My Best Friend" ao recorte folk de "'39", passando por porrada mais roqueira. No meio, claro, estava a peça que virou sinônimo do disco - a tal ópera em miniatura que a banda levou ao rádio e à história, e que batiza o trabalho.

Só que, para Brian May, aquele álbum guarda outra construção de fôlego, à altura do épico mais famoso do grupo. Uma faixa longa, com arquitetura ambiciosa e atenção obsessiva às vozes, aos panoramas e às entradas e saídas de cada seção - um coro "virtual" feito pelos próprios integrantes.
O próprio May resumiu a comparação assim, em entrevista arquivada na Library of Congress: "O contexto em que você precisa ver 'Bohemian Rhapsody' é de uma música muito longa, muito complexa... Havia uma canção igualmente longa e igualmente complexa do outro lado chamada 'The Prophet's Song'... Acho que chega um ponto em que tudo está pronto e você pensa: 'Uau! Vamos soltar isso para o público, e o que será que vai acontecer?'"
Dita a pista, vale ouvir "The Prophet's Song" com atenção ao desenho geral: o tema que reaparece, a seção vocal central que expande e comprime o espaço como se a banda fosse um coral inteiro, e o trabalho de camadas que cria tensão sem depender só de peso. A comparação com "Bohemian Rhapsody" deixa de ser exagero e vira exercício de atenção.
O efeito colateral dessa fase foi libertador. Depois de colocar dois épicos desse porte no mesmo álbum, o Queen se autorizou a ir aonde quisesse, desde o groove seco de "Another One Bites the Dust" às experimentações tardias de "Innuendo", sem precisar repetir a fórmula que os consagrou.
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