Geddy Lee elege o maior álbum de todos os tempos; "Grandes composições, grandes performances"
Por Bruce William
Postado em 05 de outubro de 2025
Antes de se tornar a voz e o baixo do Rush, uma das bandas mais importantes da história do rock, Geddy Lee cresceu no Canadá ouvindo o som que vinha do outro lado do Atlântico. A invasão britânica foi de uma influência imensa em sua personalidade musical, mas entre Beatles, Stones e Kinks, havia uma banda que o deixava especialmente hipnotizado: o The Who.
Ao ser questionado pela Classic Rock sobre qual seria o maior disco de todos os tempos, Geddy mandou: "Aquele álbum reúne tudo o que há de melhor no rock and roll. Grandes composições, grandes performances. Quase todas as faixas são clássicas." O disco em questão era "Who's Next" (1971), que segundo Lee, representou um salto criativo enorme, com Pete Townshend, Roger Daltrey, John Entwistle e Keith Moon encontrando um equilíbrio entre força e sensibilidade.


A paixão de Geddy pelo trabalho do The Who vai além da admiração. O Rush costumava tocar músicas da banda nos ensaios, e o próprio Lee reconhece a influência direta de Pete Townshend: "Talvez os maiores power chords já gravados. Quem inventou o power chord? Provavelmente o Pete."

Além do guitarrista, Geddy Lee sempre demonstrou reverência por John Entwistle, a quem chamou de "um dos deuses do rock". Em conversa com a Rolling Stone (via Far Out), Geddy comentou: "Ele era feroz. Tinha um som que invadia o território da guitarra, com um tom muito alto e agressivo. E ainda assim, tocava com uma fluidez incrível."
Para Geddy, "Who"s Next" sintetiza o espírito do rock como forma de expressão total: poderoso, criativo e humano. O álbum une técnica e emoção de um jeito que poucas bandas conseguiram, com canções que soam viscerais sem perder o senso de estrutura e melodia. Décadas depois, o disco continua sendo, nas palavras do baixista do Rush, a mais perfeita tradução do que é ser uma banda de rock em seu auge, quando todos os integrantes estão no mesmo nível de inspiração e confiança, tocando como se estivessem redefinindo o gênero a cada faixa.

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