Três discos do Megadeth que merecem mais atenção do que recebem
Por Mateus Ribeiro
Postado em 15 de março de 2023
O Megadeth é um dos maiores nomes da história da música pesada. Fundado no início dos anos 1980 pelo genial Dave Mustaine, o grupo possui uma rica discografia, repleta de clássicos. "Peace Sells…But Who's Buying?", "Rust In Peace", "Countdown To Extinction" e "Youthanasia" são alguns dos álbuns que fizeram o Megadeth se tornar uma potência do metal.
A discografia do Megadeth pode ser dividida em quatro partes: os clássicos, os álbuns medianos, os discos horríveis e os trabalhos subestimados. E a lista a seguir, elaborada pelo redator Mateus Ribeiro, fala sobre três registros que se encaixam no último dos grupos citados.
Aperte o play e confira três discos do Megadeth que merecem mais atenção do que recebem.
"Risk"
O oitavo disco de estúdio do Megadeth marca a estreia do baterista Jimmy DeGrasso, que teve a difícil missão de substituir ninguém menos que Nick Menza, um dos integrantes da formação clássica da banda. Por outro lado, o álbum é o último do quarteto gravado pelo guitarrista Marty Friedman.
As mudanças não se concentraram apenas na escalação do grupo, uma vez que a sonoridade apresentada em "Risk" é um pouco diferente do que o Megadeth estava acostumado a fazer. Dave Mustaine resolveu apostar em composições mais acessíveis, o que obviamente, acabou assustando a ala mais radical dos fãs.
Embora não seja (nem de longe) o melhor trabalho do Megadeth, "Risk" apresenta músicas legais, como "Prince Of Darkness", "Crush' Em", "Breadline", "Ecstasy", "Seven" e "Wanderlust". Aliás, essa última é uma das melhores músicas do grupo, na opinião de Mustaine.
"Risk" é considerado por muitos fãs como o pior trabalho do Megadeth. Porém, o disco é infinitamente mais interessante que os horríveis "Th1rt3en" e "Super Collider".
Data de lançamento: 30 de agosto de 1999
Gravado por: Dave Mustaine (guitarra/vocal), Marty Friedman (guitarra), David Ellefson (baixo) e Jimmy DeGrasso (bateria)
"The World Needs A Hero"
O sucessor de "Risk" poderia ter sido o ponto final da carreira do Megadeth, já que Dave Mustaine encerrou as atividades da banda em 2002, decisão que felizmente foi revertida dois anos depois.
Após o fiasco de "Risk", o líder do Megadeth resolveu voltar às suas origens e investir em músicas mais pesadas. A aposta deu certo, como pode ser ouvido nas ótimas "Disconnect", "1000 Times Goodbye", "Dread And The Fugitive Mind" e "Return To Hangar". Outro ponto alto do disco é a balada "Promises", que é cafona, sentimental e bonita nas mesmas proporções.
Apesar de tocar "Dread And The Fugitive Mind" com frequência em seus últimos shows, o Megadeth aparentemente não faz muita questão de relembrar "The World Needs A Hero" em suas apresentações. O álbum só fica na frente de "Th1rt3en", "Risk", "Super Collider" e "The Sick, The Dying…And The Dead!" (lançado em 2022) no ranking de discos com faixas que mais foram tocadas nos shows da banda.
Data de lançamento: 15 de maio de 2001
Gravado por: Dave Mustaine (guitarra/vocal), Al Pitrelli (guitarra), David Ellefson (baixo) e Jimmy DeGrasso (bateria)
"Endgame"
Definitivamente, "Endgame" é um dos grandes trabalhos do Megadeth e fica atrás apenas dos clássicos absolutos da banda. Rápido, pesado e direto, "Endgame" apresenta grandes faixas, como "This Day We Fight!", "44 Minutes", a faixa-título, "Head Crusher", "How The Story Ends" e a excelente "The Right To Go Insane".
Mesmo sendo um álbum que em alguns momentos lembra a gloriosa era clássica do Megadeth, "Endgame" não costuma figurar em posições muito favoráveis em rankings de melhores discos da banda. Além disso, desde 2012 uma música de "Endgame" não dá as caras em um show.
Data de lançamento: 14 de setembro de 2009
Gravado por: Dave Mustaine (guitarra/vocal), Chris Broderick (guitarra), James LoMenzo (baixo) e Shawn Drover (bateria)
Para ouvir cinco músicas de cada disco via Spotify, acesse a playlist abaixo. Não esqueça de começar a nos seguir por lá. Valeu!
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