A história da carreira de Neil Young contada através de 10 de suas músicas
Por André Garcia
Postado em 30 de julho de 2022
Você pode até não ouvir Neil Young, mas com certeza ouve alguém que é fã dele. Isso porque o canadense possui uma extensa, influente e imprevisível carreira. Carreira essa marcada por altos e baixos, cujos pontos baixos em geral não são dispensáveis, mas somam ao todo de sua obra e ajudam a compreender melhor seu autor.
Neil Young - Mais Novidades
Por mais eclética que tenha sido (e venha sendo) a carreira do canadense, ela é marcada por duas vertentes principais: canções acústicas e pauleiras elétricas. Possuidor de um invejável e impressionante repertório técnico, ele transita com fluência e naturalidade entre os mais diversos tipos de música folk e country.
Pode ser intimidador começar a ouvir alguém que possui dezenas de álbuns em sua discografia e já fez tantas coisas tão diferentes. Portanto, aqui vão 10 músicas que vão te ajudar a ter uma visão sintética e panorâmica da carreira de Neil Young.
Mr. Soul - Buffalo Springfield Again (1967)
Neil Young surgiu no Buffalo Springfield em meados dos anos 60. A música mais famosa deles é "For What's Worth It", que não será incluída aqui, pois todo mundo já conhece. A banda em minha humilde e possivelmente equivocada opinião não teve nenhuma música realmente com cara de Neil Young, mas essa foi a que chegou mais próximo.
Down by the River - Everybody Knows This is Nowhere (1969)
Neil Young nesse disco começou a tocar com o Crazy Horse como banda de apoio — algo que ele vira e mexe ainda faz até hoje! E não é para menos, afinal de contas, são músicos que falam a mesma linguagem musical dele, e ainda possuem um entrosamento que beira o telepático. É um ótimo disco para começar a ouvir Neil Young.
Ohio - Single de 1970
Pouco após o sucesso de "Everybody Knows This is Nowhere", Neil Young entrou para o supergrupo Crosby Nash Stills & Young, fazendo sua estreia no Woodstock. E essa para mim é a música mais Neil Young da banda, que incorporou "Down by the River" a seu repertório.
Out on the Weekend - Harvest (1972)
Essa música é o auge da fase em que Neil Young polia cada faixa de um álbum como uma joia. E foi nessa época também que ele chegou ao estrelato, e não gostou nem um pouco da fama. Nessa época Neil Young era tido como um nome infalível, e que qualquer coisa que levasse seu nome era sucesso garantido.
Tonight's the Night (Part II) - Tonight's the Night (1975)
Essa é do ápice da chamada Trilogia da Fossa, quando um monte de problemas pessoais se acumularam e tiraram a vida — e a carreira — de Neil Young do prumo. A principal característica dessa fase é uma sonoridade mais crua e displicente, o que não pegou bem com a crítica, que chegou a dizer que as músicas soavam como demos.
Comes a Time - Live Rust (1979)
"Rust Never Sleeps" (1979) foi o retorno triunfal de Neil Young ao que ele fazia de melhor. E "Live Rust" foi gravado em sua turnê, combinando o melhor de seu lado acústico com o melhor de seu lado pesado. Neil Young estava de volta, mas essa volta duraria pouco, já que logo ele tornaria a amargar uma sequência de fracassos comerciais.
Computer Age - Trans (1982)
Ao longo dos anos 80, Neil Young deu diversas bolas fora, e se tornou sinônimo de baixa vendagem. Logo ele, que 10 anos antes era sucesso comercial garantido. O que mais gosto dessa fase é esse disco "Trans", que soa como Kraftwerk. E passei a gostar mais ainda quando descobri a relação do álbum com o filho tetraplégico do canadense.
Rockin' in the Free World (Electric) - Freedom (1989)
Após passar quase toda a década de 80 em pé de guerra com a gravadora Geffen Records e lançando um fracasso comercial após o outro, Neil Young teve um novo retorno triunfal com "Freedom". "Keep on Rocking in the Free World", assim como "Hey Hey My My" e "My My Hey Hey" 10 anos antes, recebeu uma versão acústica e outra elétrica.
Harvest Moon - Harvest Moon (1992)
A após o sucesso de "Freedom", Neil Young novamente mudou de sonoridade em "Harvest Moon" para algo mais acústico e intimista, bem na linha "músicas para acampamento". E foi nessa fase que ele gravou "Unplugged" (1993), parte da série de álbuns acústicos produzidos pela MTV.
Buffalo Springfield Again - Silver & Gold (2000)
A essa altura já tinha ficado mais do que estabelecido que Neil Young vai sempre fazer o que ele estiver afim. Os fãs aceitaram que nem sempre vão curtir, a gravadora aceitou que nem sempre vai vender… E assim ele seguiu produzindo álbuns como retratos, registros dos momentos que ele vivia. E assim segue ele até hoje.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
A banda que Alice Cooper recomenda a todos os jovens músicos
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
O vocalista que quase entrou no Crosby, Stills & Nash no lugar de Neil Young
Flea explica seu fascínio pela carreira de Neil Young: "Nunca é falso; sempre é verdadeiro"
Os maiores guitarristas de todos os tempos, na opinião de Zakk Wylde
Cinco bandas de heavy metal que nunca trocaram de vocalista - Parte I


