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Defalla: Castor Daudt fala sobre o fim do grupo em entrevista

Por Mateus Rister
Fonte: Insanity Records
Postado em 02 de dezembro de 2016

A banda DEFALLA é um daqueles grupos que você ama ou odeia, mas não fica indiferente. Sempre a frente de seu tempo, foi formada em 1985, por Edu K (guitarra e voz), Biba Meira (bateria) e Carlo Pianta (baixo). Com a saída de Pianta e a entrada de Flu (baixo) e Castor Daudt (guitarra), a banda gravou dois álbuns extremamente importantes para o Rock Nacional. A partir do terceiro lançamento, já com muitas mudanças na formação, o grupo passou por diversos estilos, como Hard Rock, Thrash Metal, Crossover, Industrial, Funk, Pop Punk, até retornar, em 2011, com o quarteto da formação clássica. A partir de então, a banda começa a realizar shows e consequentemente trabalhar em novo disco. Os músicos falavam que o álbum seria uma sequência dos dois primeiros trabalhos, mas em meio as gravações, o baixista Flu se desliga do grupo. Depois de quase 30 anos, Carlo PIanta retorna ao seu posto, fazendo a banda se reestruturar com um misto das formações clássica e original. A espera pelo novo trabalho chega ao fim em 2016, quando "Monstro" é lançado e demonstra que a banda ainda tinha muita lenha para queimar. Mas quando parecia que a grupo finalmente tinha encontrado um caminho estável para trilhar, é anunciado, via redes sociais, o encerramento das atividades.

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Considerado o camaleão da música brasileira, o DEFALLA possui influência em muitas bandas de rock/funk/rap criadas desde o fim dos anos 80 até hoje, que absorveram a loucura e a caoticidade de seus discos e shows.

O guitarrista, Castor Daudt, nos concedeu uma entrevista em que fala sobre o fim do grupo.

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Mateus Rister: Por que a banda decidiu encerrar as atividades justamente agora que acabou de lançar um novo trabalho depois de tantos anos?

Castor Daudt: A reunião da banda foi justamente para a gente retomar aquele espírito criativo, anárquico, bacana, característico do DEFALLA. A química foi tão legal, que até ousamos pensar em gravar um disco novo, que acabou sendo o "Monstro" (Deck Discos). Enquanto este espírito musical esteve presente, a gente seguiu em frente, mas como, hoje em dia, cada um de nós tem sua vida independente, compromissos, uns moram longe, e mais ainda, com o mercado oscilante, a responsabilidade com o público, a coisa foi chegando num ponto em que tivemos de parar.

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Mas isso é uma coisa boa. Acredito que estas paradas são necessárias pra se manter este espírito característico da banda. Houve shows simplesmente fantásticos na turnê de lançamento do "Monstro", por exemplo, os de Porto Alegre Curitiba e Rio. Quem foi vai se lembrar pra sempre, tenho certeza.

Por isso, no melhor interesse da música e da arte, estamos encerrando esta fase agora.

Mas o Edu K, (que agora é Tigerblood), já está correndo e armando altas paradas musicais, como sempre, a Biba Meira tem a Escola Batukas e está até pensando em gravar um disco solo, o Carlo Pianta tem mil e um projetos e musicais inacreditáveis, o Flu também, e eu vou começar a me preparar para uma nova fase na vida e na música, visando novamente capturar este "espírito musical", "engarrafar o relâmpago" da criatividade, da inspiração.

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Mateus Rister: Qual foi o impacto da saída do Flu no meio do processo de gravação?

Castor Daudt: A saída do Flu foi bem natural. Conheço ele há 500 anos e somos como irmãos, por isso, mesmo que ele não esteja fisicamente presente na banda, está sempre presente em espírito. Ele foi fundamental na criação e formatação das novas músicas e obviamente na química do DEFALLA, mas ele tem muitos projetos em andamento, está gravando outro disco solo, tem a Rádio Barril, está morando longe, numa floresta mágica, enfim, seria difícil pra ele voltar 100%. Mesmo assim ajudou demais, disponibilizando o antigo estúdio dele da Mozart pra banda, enfim, na empreitada toda, na sonoridade, em geral.

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Mateus Rister: Aconteceu algum abalo na amizade entre os membros?

Castor Daudt: Não. Em todo relacionamento, chega uma hora em que se precisa dar um tempo, uma distância, justamente para fortalecê-lo. Isto acontece, literalmente, em todas as bandas do mundo. Somos uma família. Mesmo ficando longe, um do outro, eventualmente iremos nos reunir e será tudo como sempre foi.

Mateus Rister: Existe a possibilidade de um retorno no futuro?

Castor Daudt: Claro. No momento estamos encerrando um ciclo muito intenso de quase 6 anos(!) de convivência e proximidade constante, como família, seja física, virtual ou espiritual. Mas sempre existe a possibilidade de uma volta, se for legal, divertido, desafiador, interessante.

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Mateus Rister: O documentário "Sobre Amanhã" que conta a história da banda, será lançado?

Castor Daudt: Sim, estamos em contato com os diretores do documentário, decidindo a melhor maneira de se organizar este lançamento. Agora com o fim da banda, fica ainda mais relevante este documento.

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Mateus Rister: Quais são os teus projetos musicais a partir de agora?

Castor Daudt: Boa pergunta. Há anos todos me perguntam por que eu nunca lancei um disco solo, pois afinal sou um dos principais compositores da banda. É só olhar a autoria das músicas para constatar. Inclusive muitas músicas deste novo "Monstro" do DEFALLA eram músicas minhas que eu estava trabalhando para o meu disco solo, como "Dez Mil Vezes", "Zen Frankenstein" e etc. Levei-as para a banda porque gosto da sonoridade do DEFALLA, como banda, com a química instrumental e vocal que temos. Mas preciso seguir em frente e diversificar minhas referências musicais, buscar novos caminhos e até retomar velhas parcerias, como por exemplo, com o Carlos Miranda, produtor e diretor musical, que é como um irmão que nunca tive, desde a infância. A gente tocou junto há décadas atrás, mas sempre fica conversando e combinando de fazer alguma coisa nova, e, quem sabe agora, finalmente não é a hora certa de acontecer?

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E, fora o pessoal do Defalla, eu já toquei e trabalhei com muita gente legal e talentosa, daí, de agora em diante vou retomando aos poucos estes contatos e buscando novos, para reunir um super-time dos sonhos pra fazer boa música… E barulho, né?

O céu é o limite.

Mateus Rister: Que mensagem você gostaria de deixar para os fãs que esperaram tanto por um novo trabalho da formação Clássica/Original e que agora se deparam com a notícia do fim da banda?

Castor Daudt: Queria agradecer por todo o amor, carinho, apoio e força que todos tiveram por mim, por nós, e dizer que tudo foi feito pelo nosso infinito amor à música e ao público, que comparece aos shows, escuta as músicas, acompanha as mídias sociais, opina, discorda, xinga, curte… Enfim, nossos parceiros de estrada, que torcem por nós como se fosse um hiper-reality-show tragicômico.

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E o disco "Monstro" já é um disco histórico, que reúne as formações original e clássica do Defalla de uma maneira inédita e incrível. Eu não me canso de escutá-lo, mesmo depois deste tempo todo. E quem teve a sorte de ver algum show nosso nos últimos anos, com certeza curtiu e se divertiu bastante. Foi um enorme privilégio fazer parte disto tudo, ao lado das nossas famílias, amigos, amigas, fãs, conhecidos, curiosos, inimigos e etc. Foi bom demais!

E o Defalla pode ter acabado, mas nós vamos continuar sempre tocando, cantando, gravando, fazendo música até o fim, seja da maneira que for.

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Sobre Mateus Rister

Jornalista, assessor de comunicação/imprensa e músico. Apaixonado por Rock And Roll, cinema e contracultura. Dono do blog insanityrecords.com.br e incentivador de cenário musical autoral.
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