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"Minha alma é metal": Robertinho de Recife lança novo Metal Mania

Por Luiz Pimentel
Fonte: Blog do Luiz Pimentel
Postado em 17 de dezembro de 2014

Daniel Vaughan e eu conversamos ontem com o provavelmente maior guitarrista que o Brasil tem, Robertinho de Recife. Toca com Zé Ramalho, com Fagner, mas teve alguns grandes períodos no metal e no hair metal (este com Yahoo e seus covers farofa de Def Leppard na Xuxa). Este ano quase bateu as botas, e diz que na UTI teve a visão de reformar o Metal Mania. A palavra está com ele.

Recebemos hoje o disco novo. Em uma primeira impressão, ele ficou entre o Metal Mania e o Rapsódia Rock que você fez nos anos 90. Queria saber como veio isso, porque pelo que sabia, você disse que não produziria algo novo, a não ser que fosse algo para glorificar a Deus. Estou errado?

R: Você está certo! Não deixa de ser (risos). Mas a gente deixa as coisas nas entrelinhas. Na verdade... Depois que eu gravei o Metal Mania, depois que eu gravei o Rapsódia, em cada período desses, compus musicas que serviam para um segundo Metal Mania, um segundo Rapsódia. E são musicas tão legais, que eu pensei "chegou a oportunidade de gravar essas músicas".

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Você teve anos recentes turbulentos. Você se recuperou de um problema cardíaco. Li que você teve essa ideia de gravar o Metal Mania quando você estava na UTI. Procede?

R: Pois é, eu fiquei em frente a uma porta na UTI. E fiquei pensando "Será que vou sair por aquela porta?" e pintou aquela coisa "puxa, se eu sair, quero voltar a tocar". Ali na UTI foi um momento muito criativo, ali me transportei para uma coisa bacana, criativa, comecei a viajar. Comecei a imaginar como seriam as músicas. Comecei a viajar e compor músicas. Tanto que, ontem fui ver a banda e mostrei para eles e eles: "cara, que coisa sinistrona!" E eu falei "pois é".

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Assisti a um show seu em, acredito que foi em 85, no projeto SP, na Rua Caio Prado, e foi incrível. Era uma época que tinha pouquíssimo show de metal no Brasil e você estava lá, desbravando. E agora, de novo, você vai entrar em turnê com o disco? Qual a sua ideia?

R: Minha alma é metal. Na verdade várias pessoas me cobraram uma volta do Metal Mania. Tanto é que, ontem, teve uma enxurrada de gente agradecendo, mensagens muito carinhosas. Dizendo "pô, já estou na fila, onde vai ser o show?" Foi uma resposta muito boa, me desculpe os outros públicos, mas o público mais fiel é o público do metal.

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Você fez outros trabalhos antes de entrar no metal, com Zé Ramalho e com o Fagner são os mais famosos. Mesmo lá você estava sempre colocando umas guitarras de rock’n’ roll, com distorção. Tem uns solos maravilhosos que você fez com eles. Como foi colocar essa guitarra, com distorção, com esses caras?

R: Eu tenho esse pé no rock. Já existia esse laboratório meu em busca de sons, bem antes de vir a onda metal. Quando assisti Yes, nos 70 nos Estados Unidos, Humble Pie.

Você trabalhou com George Martin também?

R: Sim, fiz um show com ele aqui em São João da Boa Vista. Depois fui pra Londres e trabalhamos em Abbey Road. Lá conheci o Paul (McCartney). Foi um "nice to meet you", mas é o cara, né?

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Você falou do filho do George Martin e você falou que é do metal. Como é que seu filho foi parar no rap?

R: Ele é um cara que toca bateria também, sempre toca comigo. Eu toco também em igreja e ele toca lá, a gente faz umas coisas.

Você produziu o primeiro disco do Falcão. Como foi isso?

R: Um amigo um dia falou assim: "Cara, você já ouviu falar em um cara chamado Falcão?", eu falei "não". Ele falou: "Esse cara é hilário, tu precisa ouvir, ele tem umas coisas muito engraçadas". Eu perguntei pro Fagner "Tu conhece alguém chamado Falcão?", ele falou "Tem um amigo meu que conhece ele". Ele me arranjou o telefone e eu liguei: "Bicho, quero te produzir". Ele falou: "Mesmo?". Falei: "Quero! Adorei você". Eu gosto dessas brincadeiras, gosto de me divertir. Música levada muito a sério é uma coisa meio chata. E no momento o mercado estava precisando de uma coisa assim, mais esculhambação. Eu estava achando tudo tão ridículo que pensei "Pô, quero fazer uma coisa assim" e o Falcão comprou essa ideia da anti-música e quanto pior, melhor. Nós levamos para a gravadora, nós pedimos ajuda do Fagner. Quando eles ouviram o disco todo, falaram que não iam lançar. A empresa do Falcão conseguiu que o Jô colocasse o Falcão no dia lá no programa, um dia só e foi um sucesso absoluto.

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Lembro de te ver tocando muito nos Trapalhões. Queria saber se teve alguma história engraçada nos bastidores? Lembro que você tocava uma música infantil.

R: Era o Elefante. Eu tenho uma irmã que é especial e quis fazer uma música inspirada nela. A gente lançou aquilo, a letra supercomplicada. Terminou, a música estourou e as crianças adorando. Nada foi feito com aquela intenção, eu estava fazendo aquilo para a minha irmã.

E como foi se encontrar com os Trapalhões? Você fez amizade com o pessoal?

R: Os Trapalhões também eram do universo infantil e eles me convidaram. Na época, o Renato [Aragão] foi uma pessoa muito legal, muito carinhosa com a gente. Tudo era alegria, tudo era uma brincadeira estar ali com eles.

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Você tem histórias quem dariam não um livro mas uma enciclopédia. Eu gostaria que você falasse a história preferida da sua carreira, aquela você se orgulha, que resume sua carreira ou que resume você.

R: Eu não posso isolar um fato só, porque mesmo os momentos que foram difíceis pra mim, eles trouxeram um ensinamento. Mesmo em momentos em que eu fui escorraçado, que me negaram, que me ignoraram. Aquilo foi muito bom, porque eu aprendi com aquilo. Quando você sabe quem você, a humildade da gente fica revoltada e se manifesta de outra forma. Eu quebrava tudo, já quebrei os camarins da Globo, revoltado.

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Gostaria que fizesse uma lista dos cinco guitarristas que você mais curte.

R: Jimi Hendrix, o Hendrix foi o primeiro cara que quando eu ouvi, falei "Uau, o que que é isso? Não é guitarra! Como ele faz isso?". Depois vem o Eddie Van Halen.Todo mundo fala que eu imito o Yngwie Malmsteen, mas não sei tocar nada dele. Tem coisa que ele faz que eu nem consigo tocar. E tem vários guitarristas brasileiros, tem meu amigo Pepeu Gomes, que eu adoro. Todo mundo diz que um brigava um com outro, ele é meu irmão. Não dá pra falar mais porque não quero sair injusto com ninguém. Não é puxa-saco, mas tem caras incríveis tocando. Muita gente, em São Paulo, muita gente de Recife, de Brasília.

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