Judas Priest: "Não sabíamos se funcionaria com o Richie"
Por Bruno Gava Tramontina
Fonte: Metal Insider
Postado em 15 de julho de 2014
Confira logo abaixo a entrevista, realizada por Bram Teitelman para a Metal Insider, com a banda britânica Judas Priest:
Metal Insider: O dvd "Epitaph" sugeria o fim da banda. Vocês mudaram de ideia, ou possuíam algo diferente em mente?
Rob Halford: "Nós não mudamos nossa opinião em relação ao título 'Epitaph', nossa intenção naquela época, era apenas dizer que haveria uma reestruturação nas turnês, pois nosso objetivo não foi o de terminar a banda. A turnê do 'Redeemer of Souls' tem início em outubro nos EUA. Posso dizer que apenas reforça o vínculo que temos com os "metalheads". Nós continuaremos fortes, contudo, de maneira diferente."
MI: Richie, você sabia que tocaria e escreveria músicas o novo disco do Priest?
Richie Faulkner: "Eu obviamente sabia que tocaria durante a turnê, e tinha em mente que a banda poderia compor outro álbum de estúdio. Claro que meu foco inicial era apenas de participar dos shows, mas percebi que algumas músicas novas estavam surgindo, então cheguei a conclusão de que havia chances de gravarem outro disco. Pode perceber que pelo DVD "Epitaph", não há sinais de que a banda está pronta para se aposentar."
MI: Glenn, como foi escrever com um novo integrante na banda?
Glenn Tipton: "Foi fantástico, porque não sabíamos se funcionaria com o Richie. No palco, ele tocou de uma forma impressionante, mas o processo de compor é completamente diferente. O interessante é que as ideias que ele trouxe a banda eram bem no estilo "Priest", então foi um fenômeno natural, diria pequeno milagre...bem, grande milagre."
MI: Quanto tempo demoraram para perceber que havia material de qualidade?
GT: "Bem, Richie começou a tocar alguns riffs no camarim da turnê, e ironicamente, não estávamos acostumados a compor durante shows, apenas trabalhar nos conteúdos, mas engraçado que a primeira ideia que ele propôs, eu logo disse a Rob: "Venha cá ouvir isto, é ótimo e bem otimista."
MI: Se Judas Priest fosse uma nova banda, trabalhariam com ou sem gravadora?
GT: "Eu acho que com gravadora, porque a gravadora nos ajudou muito neste álbum. Nós estivemos trabalhando com a Sony/Columbia/Epic por muito tempo, e o relacionamento é excelente, sem mencionar o grande catálogo com eles. Penso que o esforço da Sony combinado com a independência do grupo, proporcionou um disco com muito potencial."
MI: O que vocês pensam sobre Spotify, Beats Music, etc?
RF: "Na indústria de hoje em dia, tudo funciona como uma faca de dois gumes. O bacana é que acessível a todos, o problema é que TUDO é gratuito, se entende o que eu digo. A conexão melhorou e muito por sinal, porém tem grandes chances de nos incomodar a cada instante. Ainda acho que o mundo da música está sofrendo um pouco com esta revolução, por exemplo no meu caso, eu gasto mais de 120 dólares na inscrição do Spotify, e é mais do que eu gastaria com cds durante um ano. Depende do ponto de vista de cada um..."
MI: Vocês estão acompanhando a geração atual do metal ou se atualizando a novas informações?
RH: "Todo dia eu entro no Metal Injection, Loudwire, Ultimate Classic Rock, Revolver... eu acesso entre seis a dez websites de metal diariamente. Sabe, quando começamos há 40 anos, as únicas bandas existentes eram o Sabbath e o Priest, e olhe nos dias atuais, são tantas bandas de qualidade, que não deixa de ser fabuloso."
MI: Por que vocês escolheram o Steel Panther como a banda de abertura de sua turnê?
RF: "Colocamos algumas bandas na mesa, e começamos a analisar as datas em que estavam disponíveis. Não estou dizendo que Steel Panther foi uma segunda opção, pois estavam entre os escolhidos como qualquer outra banda. Afinal de contas, são ótimos músicos, e caso já tenha visto o show deles, é uma espécie de paródia, ou algo do gênero."
MI: Rob, você acha que quando saiu do armário, encorajou algumas pessoas?
RH: "Se houve um efeito, foi apenas para quebrar o mito da fobia no metal. "Metalheads" são muito tolerantes e inteligentes, porque sinceramente, fomos atacados desde o surgimento, e agora somos "agredidos" ocasionalmente. Então, é um momento tremendamente favorável para todos."
MI: Por último, quais foram seus pensamentos, quando foram referidos como uma banda de death metal nos Simpsons?
RH: "Aquilo foi incrível!"
GT: "Eles corrigiram na semana seguinte, não é?"
RH: "Foi corrigido pelo Bart - 'Judas Priest não é death metal, Judas Priest não é death metal...'.
RF: "Nenhum de nós entrou em contato com a produção do programa para reparar o erro, os próprios diretores perceberam a falha. E como Rob disse, investiram em sua própria marca, e sabem como investimos na marca "Judas Priest", ou seja, esclareceram a confusão com méritos."
MI: A banda está indo bem, acredito que conseguem continuar por mais 40 anos.
RH: "É bom quando se é respeitado por outra entidade bem-sucedida, é algo almejado."
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