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Dream Theater: Mike Mangini, um monstro da bateria

Por Julia Moioli
Fonte: Roadrunner Records
Postado em 29 de janeiro de 2013

O gigante do metal progressivo DREAM THEATER já começou a trabalhar no sucessor do ábum de 2011, "A Dramatic Turn Of Events". O guitarrista JOHN PETRUCCI e o tecladista JORDAN RUDESS falaram com a Roadrunner Records a respeito desse processo, e não pouparam elogios a MIKE MANGINI, baterista eleito para ocupar o cargo do excepcional MIKE PORTNOY, que deixou o DREAM THEATER em setembro de 2010. Seguem alguns trechos da entrevista.

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Roadrunner Records: O quão preparados vocês vão às sessões? As músicas já são completamente planejadas antes ou existem apenas ideias vagas que ganham forma no estúdio?

JORDAN: Bom, no DREAM THEATER nós realmente gostamos de compor juntos, mas isso não quer dizer que já não tenhamos ideias antes. Nós temos sementes de ideias, um ponto de partida para começarmos. Na maior parte das vezes, é assim que funciona no DREAM THEATER. Ocasionalmente, JOHN traz uma balada que ele quer colocar no álbum, mas nós gostamos de ter esses projetos de ideia e depois trabalharmos neles juntos.

JOHN: Nós sempre falamos do conceito do álbum, então sempre surgimos com um plano, uma direção para o álbum, o tipo de trabalho que estamos a fim de fazer. Aí todos ficamos literalmente na mesma página, todos focados num sentido geral e até mesmo em alguns sentidos específicos. Ao longo da turnê, quando estamos tocando ao vivo, se alguém tem uma ideia, demonstra essa ideia na passagem de som e nós começamos a tocá-la, nós sempre a gravamos. Então fazemos pequenas gravações e as arquivamos. E aí as ideias que eu crio sozinho em casa, no quarto do hotel ou qualquer coisa assim, eu arquivo em uma pasta especial. Novas ideias para um álbum, sejam elas demos completas ou apenas uma ideia inicial, são sempre bons pontos de partida. Depois nós ouvimos tudo que gravamos e usamos o que queremos, ao mesmo tempo em que inventamos coisas novas no estúdio que não tinham nada a ver com as ideias anteriores. Então é uma combinação.

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Roadrunner Records: O quanto vocês escrevem na estrada? Vocês praticam juntos ou separadamente, e em algum momento isso se torna uma sessão de composição?

JORDAN: Às vezes. Normalmente não escrevemos na estrada, mas nessa última turnê estivemos inspirados em vários momentos, em parte porque temos um novo e sensacional baterista, então nós sentávamos lá e falávamos "Wow", e tínhamos novas e ótimas ideias musicais. Ou eu e [novo baterista do DREAM THEATER MIKE] MANGINI subíamos no palco um pouco mais cedo pra fazer a passagem de som porque sabíamos que iríamos nos divertir, então começávamos a tocar e gravar, e depois revisávamos isso no estúdio. Então há sim muita coisa que acontece nas passagens de som, mas não estamos formalmente tentando escrever músicas na estrada. Desde que estou nessa banda, temos lidado com a situação de saber que vamos ter reservar um tempo para nossa vida pessoal, e será nosso trabalho compensar esses meses e escrever um novo álbum. E é muito bom para nós, porque todos somos homens de família com crianças e responsabilidades, mas amamos nossa música e queremos nos focar nela.

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Roadrunner Records: Qual é o papel do MIKE MANGINI no processo de composição dessa vez? Vocês estão ansiosos para tê-lo como integrante desse processo criativo?

JORDAN: Bom, nós acabamos de começar, então é difícil de responder. Eu diria que o MIKE entra nisso respeitando muito todos nós, entendendo que costumávamos funcionar bem sem ele por todos esses anos. Então o MANGINI surge sabendo que as forças de composição estão vivas e saudáveis na banda [risadas]. E sim, claro que ele é alguém que queremos, porque o achamos fabuloso, mas ele está vindo com cuidado e compreensão. Isso é o primeiro de tudo. Mas MIKE MANGINI é um dos maiores experts na bateria no planeta Terra atualmente. Ele pode fazer coisas com ritmo que ninguém mais consegue. Ele é inspirado; matemática e música é uma coisa só em seu cérebro, e é incrível para nós ter isso misturado a nosso processo de criação. É animador. Porque algumas pessoas, como eu, são terríveis em matemática, mas de alguma forma quando o assunto é ritmo eu sou bom. Não tão bom quanto MIKE MANGINI – acho que ninguém é.

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JOHN: Primeiro de tudo, as coisas têm sido ótimas com ele. Temos frequentado o estúdio há algumas semanas e ele tem sido fantástico. Uma química incrível, o que é muito bom, o processo de composição e o clima em geral são ótimos e o papel dele é deixar sua personalidade brilhar como baterista. E eu tenho que dizer, isso está acontecendo. Quando as pessoas ouvirem a bateria nesse álbum, elas vão se assustar. No último álbum ele fez um ótimo trabalho, mas não esteve lá para o processo de criação, eu que tinha programado toda a parte da bateria. Mesmo assim ele usou sua criatividade, é claro, para mudar certas coisas e fazer do seu jeito, mas eu sinto que agora ele é o MIKE MANGINI libertado. É tudo ele. É tudo sua criatividade, as decisões e ideias são deles e, cara, esse homem é um monstro.

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A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida no link abaixo:
http://www.roadrunnerrecords.com/news/dream-theater-john-jordan-20130129/

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Sobre Julia Moioli

Jovem paulistana estudante de relações públicas com alma de hard rocker. É muito, muito, muito fã de Guns N' Roses, Mötley Crüe, Skid Row e de inúmeras outras bandas do cenário hard rock oitentista. Além disso, é uma grande apreciadora de grunge, punk, rock progressivo e de várias vertentes do metal, como heavy metal clássico, power, prog, thrash e neoclassical metal. Se pergunta por que não começou a colaborar com o Whiplash.Net mais cedo.
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