Guns N' Roses: entrevista de Tommy Stinson para o LA Weekly
Por Marcelo Vargas
Fonte: LA Weekly
Postado em 30 de dezembro de 2011
Tommy Stinson é um bom baixista e um grande sujeito, mas ele é mais conhecido por ter tocado em duas bandas, The Replacements e Guns N' Roses. Como ele disse, lidar com os egos descomunais de Paul Westerberg e Axl Rose não tem sido fácil, mas é certamente gratificante. Stinson já é membro do GN'R há mais tempo que Duff McKagan, e parece transpirar uma influência calma e estabilizadora sobre aqueles que tocam com ele.
Como tem sido essa turnê atual?
Muito boa. Comparada a todas nos últimos 10-12 anos, esta passou de uma forma bem tranquila. Eu odeio dizer isso, porque eu não queria parar, mas estamos perto de seu fim (da tour). Acho que todo mundo tem uma boa mentalidade. A entrada de DJ (Ashba) ajudou - ele e Axl tem um relacionamento muito bom. Todos nós temos relações muito boas, sinceramente. Os shows não costumam serem focados em bagagens do passado. Nós não nos importamos, simplesmente tocamos, nos divertimos e seguimos em frente.
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Que tipo de bagagem você está se referindo?
Havia sempre uma coisa no ar de tentar competir com o passado. Eu realmente nunca fiz isso, eu nunca dei a mínima. Eu entrei nessa banda porque me soou como uma boa idéia. Se era Axl (competindo com) ou quem quer que seja, não acontece mais. Não faz sentido competir. Nós já somos uma banda tocando há mais tempo que a banda antiga.
O que você acha de Axl hoje em dia?
Acho que ele quer sair e fazer um show bom; se divertir. É o que se deve fazer em primeiro lugar. Tentar competir com a antiga banda - Slash, e todo esse material - é estranho. Milhares de pessoas virão vê-lo todas as noites, porque ele é Axl Rose.
Qual álbum do Guns N' Roses você mais gosta de tocar ao vivo?
Todos tem partes boas para tocar. Eu coloquei um monte de tempo e esforço em Chinese Democracy, mas eu gosto de tocar coisas do Use Your Illusion e Appetite também. Chinese Democracy (a música) é uma de minhas favoritas, junto com "You Could Be Mine".
Quem é a pessoa na banda que você mais passa tempo junto?
Na verdade, temos três ônibus. Axl tem seu ônibus, com seus gerentes. Eu fico com Dizzy Reed, Richard Fortus, Del James - os caras do meu ônibus.
Você já está cansado de tentar explicar por que Axl é do jeito que ele é?
Sim, porque não há realmente nada a explicar. Ele vem fazendo a mesma coisa em toda a sua carreira. O que há de novo sobre isso? É uma espécie de rotina neste momento. Ele faz sua coisa, e ele trabalha duro para fazer um bom show a cada noite. Ele se prepara muito para ser o melhor que pode ser, e eu acho isso louvável. Esse cara ainda pode fazer coisa para caralho!
O que você diria que Axl e Paul Westerberg têm em comum?
Caramba, muitas semelhanças. Uma delas é que ambos são verdadeiros, muito, sem dúvida, 100% verdadeiros. Axl é o grande cantor, toneladas de discos fodas vendidos, e Paul é um dos grandes escritores de seu tempo. Ambos são um pouco difíceis de lidar. Eles têm formas definidas que ver as coisas, a verdade deles. Não que seja uma coisa ruim, mas em alguns momentos é uma falha. Então vez ou outra temos que ser duros com eles, para não nos tornarmos inertes.
Você e os outros caras do GN'R bebem muito? Há substâncias, como nos velhos tempos?
A maioria de nós tem sua maneira de se acalmar, além de alguns cocktails aqui e alí. Mas sem nenhum desse tipo de travessuras. Certamente ninguém está se entupindo de drogas.
Você é um membro parcial do Soul Asylum, certo? Como isso funciona?
Meu primeiro compromisso é o GN'R, mas o Soul Asylum são grandes amigos, eu posso muito bem dividir meu tempo. O novo álbum provavelmente sairá no primeiro ou segundo trimestre do ano que vem. Com o GN'R, eu gostaria de voltar a compor (escrever) e ver se colocamos outro albúm para fora...
Tradução: Marcelo Vargas - www.perfectcrimegnr.com
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