Lemmy e o solo de baixo que mudou a história do instrumento no rock lá em 1964
Por Bruce William
Postado em 03 de abril de 2025
O papel do baixo no rock varia muito de banda pra banda. Em algumas, ele cumpre uma função discreta, mas essencial. Em outras, toma a frente e define o som. No Led Zeppelin, por exemplo, John Paul Jones era o ponto de equilíbrio no meio da tempestade sonora. Geddy Lee, que sempre assumiu ser fã do baixista, chegou a dizer: "A coisa que mantinha tudo coeso era o baixo do John Paul Jones. Se você ouvir 'How Many More Times', por mais selvagem que a música fique, lá está ele mantendo tudo fluido."
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Mas esse papel muda drasticamente quando o assunto é o Motörhead. Com Lemmy Kilmister à frente, o baixo deixou de ser discreto para se tornar a força motriz da banda. Ao invés de preencher os espaços, o instrumento tomava a frente com distorção pesada e agressividade. Lemmy criou um estilo baseado em cordas soltas e acordes que ajudou a moldar o som do heavy metal. "Era baseado em guitarra", ele explicou. "Descobri os drones, onde você deixa a corda A ou D tocando enquanto faz a melodia na G. Isso se encaixava bem atrás da guitarra. E eu usava muitos acordes também."
Mesmo com toda sua originalidade, Lemmy nunca escondeu a admiração por John Entwistle, do The Who. Considerava o lendário baixista sua maior inspiração e reconhecia que, se não tivesse buscado algo único, teria apenas imitado o ídolo, relembra a Far Out. "Acho que sou original, pelo menos. Toco como ninguém. Sempre quis ser o John Entwistle, mas como esse lugar já estava ocupado, virei uma versão menor."
O momento que mais impactou Lemmy foi ouvir o solo de baixo em "My Generation", lançado em 1964. "Pra mim ele era o melhor, sem discussão. Dominava o instrumento. Nunca vi ele vacilar. Nunca um erro, que eu tenha ouvido. E era muito rápido, as duas mãos a mil. O solo de baixo em 'My Generation'... até hoje você se enrola tentando tocar. Dá pra tirar de ouvido, mas pensar naquilo? E foi em 1964!"
O impacto do músico do The Who foi tão grande que acabou influenciando toda uma geração de baixistas que, como Lemmy, viram no instrumento uma ferramenta para criar, não apenas ficar ali na cozinha segurando a onda.
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