George Israel: "O rock nacional está careta", diz
Por André Molina
Postado em 25 de agosto de 2008
O saxofonista e compositor da banda Kid Abelha, George Israel, esteve em Curitiba nos dias 21 e 22 de agosto para divulgar o seu segundo disco solo, chamado "Distorções do Meu Jardim". O músico se apresentou na casa de shows John Bull Music Hall e promoveu um pocket show na Livrarias Curitiba, do Park Shopping Barigui. Na apresentação, além de incluir canções do trabalho solo, o músico também exibiu composições do Kid Abelha, parcerias com Cazuza e música de Cartola.
Após os compromissos de agenda de divulgação, George Israel foi ao bar Corcovado, no dia 22 de agosto, para jantar e mencionou que o rock brasileiro não é mais o mesmo da década de 80. Segundo ele, "o rock nacional está careta".
O fundador do Kid Abelha afirmou que o novo samba tomou espaço do rock porque as novas bandas da música pop apresentam pouca qualidade. "Esta história de banda 'Emo' é complicada. As gravadoras fabricam grupos sem atitude. A juventude de hoje escuta samba como a dos anos 80 escutava rock", disse.
Em relação à divulgação de novos grupos, George afirma que, desde a segunda metade da década de 80, o cenário não é mais o mesmo. Segundo ele, a indústria fonográfica demandava novos nomes naquela época. "Até 1987, o grupo que aparecia gravava. Depois, com a história da Lambada e do Axé, complicou. Só se manteve quem tinha conteúdo", disse.
Para o fundador do Kid Abelha, não só a qualidade do rock nacional piorou. Ele afirma que a postura e os desafios também são diferentes. George Israel citou a participação de seu grupo no Rock In Rio I (1985) para exemplificar. "Na época não éramos profissionais. Eu tinha 24 anos, o resto tinha menos idade e teve que enfrentar um público de heavy metal. Tocar música adolescente pop para um público exigente foi uma atitude rock ‘n’ roll. Foi difícil enfrentar, mas faz parte da história", disse.
Novos trabalhos
Com as férias do Kid Abelha, o saxofonista aproveitou o tempo para investir na carreira solo. No seu segundo disco, George Israel demonstrou suas influências de maneira mais explícita. Tanto no projeto gráfico, como nas canções, o músico admite que o trabalho teve influências dos Beatles. "Os discos "Sgt Peppers", "Magical Mistery Tour" e "Revolver" foram muito importantes. Não tem como não se inspirar neles. São referências", diz.
Ao comparar "Distorções do Meu Jardim" com o primeiro solo, o músico afirma que é mais pop. "O disco solo de estréia é mais psicodélico. No segundo, as influências estão mais equilibradas", diz.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
"Comportamento de um ex-membro" impede Dave Mustaine de promover reunião do Megadeth
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Por que Dave Mustaine escolheu regravar "Ride the Lightning" na despedida do Megadeth?
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Metallica: James Hetfield comenta sobre egos, Mustaine, Load e homossexualidade
O perrengue que Kiko Loureiro passa pra tocar material do Marty Friedman
Angus Young: quem é o Deus do Rock para o guitarrista do AC/DC?


Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
Os 10 maiores discos de estreia do rock nacional de todos os tempos
Mustaine: "tive momentos difíceis por me assumir cristão"
Axl Rose: drogas, atrasos, agradecimentos ao Nirvana e muito mais



