Dimmu Borgir: "Pessoas que ouvem Metal há poucos anos nos questionam!"
Por Bruno Asfora
Fonte: About.com
Postado em 30 de julho de 2007
A controvertida banda norueguesa DIMMU BORGIR é uma das mais populares e de maior vendagem dentro do Metal Extremo, que trouxe a eles legiões de fãs, e um grande números de inimigos também. A formação atual da banda inclui o vocalista Shagrath, Silenoz e Galder nas guitarras, Vortex no baixo, o tecladista Mustis e o baterista Hellhammer (MAYHEM).
A entrevista abaixo foi realizada por Chad Bowar com o baixista Vortex no New England Metal and Hardcore Festival, alguns dias depois do lançamento do "In Sorte Diaboli". Conforme Chad, "ele é um cara realmente bacana, e tem algumas coisas interessantes a dizer":
Chad Bowar: Qual a pronúncia correta para o nome do álbum?
Vortex: "Assim (in SOR-tuh dee-AH-bo-lay)" [Nota do tradutor: Pronúncia adaptada à língua inglesa].
Chad Bowar: Como tem sido a resposta ao disco até agora?
Vortex: "Todas as críticas têm sido favoráveis. Nós ouvimos a do tablóide número um da Noruega, e eles deram nota 6 de um máximo de 6. É incrível. Eu não consigo acreditar. As resenhas têm sido muito boas até aqui".
Chad Bowar: Quando vocês decidiram que queriam fazer um álbum conceitual?
Vortex: "Foi algo com que começamos a brincar durante o Ozzfest em 2004. Silenoz sentou e escreveu a estória principal e isso cresceu a partir daí".
Chad Bowar: Há alguma diferença em compor música para um álbum conceitual?
Vortex: "Não pra nós. Os riffs são escritos individualmente. Nós apresentamos os riffs no espaço de ensaio. Se o riff sobreviver nós fazemos jams juntos para criar músicas. Então arranjamos tudo junto para fazer um álbum. Dessa forma, quando entramos no estúdio temos uma boa idéia do que irá contecer".
Chad Bowar: Vocês devem ter ficado felizes com o trabalho de Fredrik Nordstrom no último álbum para usá-lo de novo como produtor.
Vortex: "Sim, absolutamente. Ele é quase da família agora. É ótimo trabalhar com ele e com o pessoal que trabalha pra ele. Eles nos dão dicas do que fazer. São grandes produtores e pessoas divertidas de se trabalhar junto".
Chad Bowar: Seu último álbum de estúdio original, "Death Cult Armaggedon, vendeu mais de 100.000 cópias na América do Norte. Vocês esperam que In "Sorte Diaboli" o supere?
Vortex: "Nós não temos o suporte do Ozzfest dessa vez, mas os locais onde temos tocado são bem grandes, então pode acontecer. É um momento excitante para nós. O álbum está aí e veremos se conseguimos entrar no chart da Billboard de novo. Nós conseguimos da última vez, e foi um marco para o Metal norueguês. ninguém tinha feito isso antes". (Nota: "In Sorte Diaboli" entrou no chart da Billboard em sua primeira semana, vendendo 14.000 cópias nos EUA em sua primeira semana de lançamento, estreando na posição 43. Isso é mais do que o dobro das 6.400 cópias alcançadas pelo seu predecessor "Death Cult Armageddon", que estreou na posição 169 em setembro de 2003).
Chad Bowar: Vocês passaram bastante tempo excursionando pelos EUA. O que foi que vocês mais gostaram e o que menos gostaram no país?
Vortex: "Eu gosto de poder usar a mesma moeda em qualquer lugar. As pessoas são realmente amigáveis, isso é claro. A paisagem é fantástica. Nós realmente gostamos disso aqui. O negativo é que existem muitos restaurantes do tipo McDonalds".
Chad Bowar: Há algum lugar que a banda não tenha tocado ao vivo que vocês gostariam de ir?
Vortex: "Islândia. Nós tentamos fazer uma festa de lançamento lá uma vez, mas não deu certo. A origem do nosso nome Dimmu Borgir são de formações de rocha e lava daquele local. No folclore é dito que são uma das entradas para o inferno. É também uma atração turística. Seria legal fazer um concerto por lá".
Chad Bowar: Vocês tocaram na maioria dos festivais europeus que existem. Há algum que está entre os seus favoritos?
Vortex: "Sim, o Wacken. É maravilhoso. Da última vez que nos apresentamos por lá haviam umas 50.000 pessoas. É bem legal ver essa multidão. Os festivais de Metal na Europa têm uma vibração arrepiante. Você vê pessoas detonadas, deitadas na lama, mas ninguém mexe com elas. Todo mundo compreende e lá rola uma atmosfera realmente amigável".
Chad Bowar: Parece que não há meio termo quando se fala do Dimmu Borgir. Ou te amam ou te odeiam. Porque você acha que a banda é tão polarizadora?
Vortex: "Talvez seja por causa de nossa trajetória no Black Metal. Este é um gênero extremo. Mas não nos chamamos mais de Black Metal. Nós certamente viemos de um cenário Black Metal, e há controvérsias nisso. Há pessoas que definem Black Metal de uma forma bem específica, e se você fizer as coisas de uma certa maneira você é um vendido. É por isso que algumas crianças nos enviam mensagens de ódio. Pessoas que ouvem Metal há apenas alguns anos estão questionando nossa integridade".
Chad Bowar: Eu suponho que seja uma coisa boa a banda criar essas emoções fortes de uma maneira ou de outra.
Vortex: "Absolutamente. Isto gera pressão".
Chad Bowar: Vocês têm rivalidade com outras bandas, ou isto é algo criado pela mídia?
Vortex: "A mídia ama essas coisas, porque criam manchetes. Isso vende mais revistas".
Chad Bowar: Qual você acha que é o álbum mais marcante do Dimmu Borgir?
Vortex: "Nenhum deles, na verdade. O Dimmu está indo cada vez mais pra cima. O gênero do metal em que estamos é bem fechado, então eu acho que é incrível vendermos tantos álbuns como estamos fazendo".
Chad Bowar: Quais são seus álbuns favoritos do Dimmu Borgir?
Vortex: "Eu adoro o 'Spiritual Black Dimension'. Adoro o 'Enthrone Darkness Triumphant' também. Tudo começou a decolar com aquele álbum, embora não tenha vendido muito mundialmente, mas no gênero em que estávamos na época foi muito bom".
Chad Bowar: Você começou a tocar baixo quando ingressou na música?
Vortex: "Quem começa como baixista? Não, eu era guitarrista. Eu também toco piano, flauta e Deus sabe o que mais. Eu comecei na banda da escola, e Manheim, o baterista original do Mayhem, tocava na banda também. Eu só toquei por um ano, por que não era realmente o meu estilo. Foi quando eu peguei a guitarra. Meu pai tocava guitarra e me mostrou os acordes básicos. Eu ficava sentado em frente do meu stereo ouvindo Iron Maiden e tocando junto. Eu tinha 14 ou 15 anos quando entrei em minha primeira banda".
Chad Bowar: Você está na indústria musical há um bom tempo. Quais são as maiores mudanças que presenciou?
Vortex: "A Internet. Antes você tinha que ir a uma loja de discos. Agora você pode só baixá-los. Isso tem sido uma revolução, de fato. É muito acessível, o que é bom. Downloads são bons, mas não é a mesma coisa sem a capa e as letras. Eu gosto dessas coisas. Quando eu comecei eu comprava vinis e cassetes".
Chad Bowar: Custa muito dinheiro para uma banda européia excursionar pelos EUA. Vocês estão agora no ponto em que podem tocar no país e não se preocupar em perder dinheiro?
Vortex: "Custa muito dinheiro vir da Europa pra cá, e o ônibus da turnê sai caro. Mas estamos tocando em locais com capacidade para 2.000 a 3.000 pessoas o que é um passo adiante para nós. Está ficando melhor a cada vez, e fazemos um pouco mais a cada vez".
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Chad Bowar: Quais foram os pontos altos na sua carreira?
Vortex: "Tocar no Wacken foi ótimo, e tocar no Ozzfest foi realmente legal. Estes são os pontos altos".
Chad Bowar: Qual foi o pior trabalho que você já teve?
Vortex: "Eu trabalhei para um empresa de mudanças, e nós transportávamos pianos, era um trabalho duro. Também trabalhei com demolição de prédios, um trabalho duro e sujo".
Chad Bowar: Quem são seus heróis?
Vortex: "Quando eu era garoto eu olhava para o Black Sabbath. Ozzy Osbourne era um herói pra mim. Muitos músicos fizeram o papel de modelos para mim no passado, como o WASP. Eu fui para um concerto do WASP uns anos atrás e não consegui nem mesmo beber cerveja depois porque eu estava muito feliz. Eu tinha que ir pra casa porque tinha sido uma grande experiência. Blackie Lawless tem uma das melhores vozes no Metal".
Chad Bowar: Qual foi o melhor conselho que alguém já te deu?
Vortex: "Defina um objetivo, e então vá atrás dele".
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