Mulheres Negras: confira algumas que sabem fazer rock
Por Samuel Coutinho
Fonte: Metal da Ilha
Postado em 27 de setembro de 2012
Laina Dawes é uma crítica musical e escritora, oradora e colaboradora da Rádio CBC. Ela também é colunista de assuntos atuais pela Afrotoronto.com e contribui como editora para o Blogher.org.
Mas a razão pela qual estamos falando sobre ela, é que ela escreveu um livro fantástico chamado "What Are You Doing Here? A Black Woman's Life and Liberation in Heavy Metal" (O que você está fazendo aqui? A vida e a liberação de uma mulher no Heavy Metal).
O livro mostra Dawes se aprofundando no heavy metal e como as mulheres negras se encaixam nisso tudo. É um assunto que muitos de nós provavelmente nunca sequer pensamos.
Dawes enviou uma lista para o site Noisecreep, de cinco roqueiras negras a que todos devem prestar atenção. Leia abaixo as palavras de Laina Dawes.
Graças à série de TV Metal Evolution e os inúmeros documentários sobre a cena extrema que entraram no ar na última década, a filosofia desta 'comunidade' foi abordada por muitos fãs. Mas quem e o que define essa comunidade? Para alguns, a 'comunidade' significa simplesmente que se você ama a música, você é um membro por natureza. Mas algumas fãs negras e músicos descobriram que a adesão às comunidades do hardcore, metal e punk não foram tão acolhedoras.
Sempre houve músicistas negras nas cenas hardcore, metal e punk que ignoraram as categorizações sociais. Mas o mais importante ainda, é que a participação nessas cenas musicais oferecem uma vista alternativa de como nós, de forma geral, percebemos na cultura popular, e muitos acham esses gêneros libertadores, como uma oportunidade de ser notado como indivíduo. Não há problema em estar com raiva, e não há problema em ser agressivo - na verdade, é algo pra ser celebrado. Pode ser a única forma de expressar emoções que quando expressas publicamente por mulheres negras, pode dar até em cadeia!
Aqui estão cinco mulheres que merecem sua atenção. Não só por criarem uma música excelente, mas também representarem a diversidade de experiências encontradas dentro da comunidade hardcore, metal e punk que raramente sãos vistas e ouvidas. Estas garotas são simplesmente inspiradas pela música que amam.
Tamar-kali:
Destaque no documentário de 2003 Afro-Punk, a artista solo do Brooklyn tem raízes profundas na cena do hardcore novaiorquino. Muito respeitada por colegas e muito admirada por fãs negros por sua estética punk e inabalável confiança, Tamar-Kali não é apenas conhecida por sua mistura única de hard rock e soul, mas também pela sua imagem versátil. Confira seu álbum, "Black Bottom".
Militia Vox:
Atualmente como vocalista do JUDAS PRIESTESS do Brooklyn, ela é também a fundadora, vocalista e compositora do Swear on Your Life e foi a vocalista do projeto de Dee Snider do TWITED SISTER, Van Helsing's Curse. Ela é uma ex-VJ, onde também apareceu no FUSE, Much Music USA, MTV2 e VH1, e recentemente sediou o Afropunk Festival 2012.
Alexis Brown:
A vocalista do Straight Line Stitch é a negra mais proeminente do metal atualmente, mas o metal não foi o seu primeiro amor. "Minha tia me dizia o tempo todo que eu deveria fazer outra coisa que não fosse R&B, e isso costumava me deixar doida, porque na época eu dizia que eu era uma garota negra e que deveria fazer R&B. É engraçado como eu acabei caindo no gosto pelo rock e agora está é minha carreira". Confira o seu mais recente álbum, "The Fight of Our Lives".
Diamond Rowe:
A guitarrista do TETRARCH da Geórgia é uma das poucas mulheres negras contemporâneas que dominam funções como estar em uma banda de thrash metal. Ela começou a tocar guitarra aos 13 anos, e formou o Tetrarch com seu melhor amigo, o vocalista/guitarrista Josh Fore. Aos 22 anos, a sua determinação em promover a banda é bastante impressionante, e ela provavelmente poderia ensinar músicos mais velhos uma coisa ou duas. Confira seu EP, "The Will to Fight".
Yvonne Ducksworth:
Cinco anos depois de se mudar para a Alemanha, a vocalista canadense ajudou a montar o JINGO DE LUNCH, em 1987, e depois de um hiato de 10 anos, ela voltou para a banda de punk em 2006. Sobre suas experiências, ela diz, "Eu não posso manter minha boca fechada. Eu não vou ficar parada e concordar em ser abusada! Outras gerações de pessoas negras tiveram que sobreviver, mas seria um grande erro em desonrá-los agora". Confira o seu mais recente álbum, "The Land of the Free-Ks".
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