Sinal De Ataque entrega speed/heavy metal oitentista de alto nível em "Ao Anoitecer"
Resenha - Ao Anoitecer - Sinal De Ataque
Por Mário Pescada
Postado em 14 de janeiro de 2025
Nota: 9 ![]()
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Ainda na esteira dos tantos ótimos lançamentos nacionais e internacionais que tivemos em 2024, a fila de "discos esperando serem ouvidos" começa a dar uma diminuída por aqui e um que me chamou muita a atenção foi o segundo registro do Sinal De Ataque, "Ao Anoitecer" (2024).
O grupo paraibano tem suas raízes no que podemos chamar de "metal oitentista clássico", sobretudo o nacional, do que Azul Limão, Harppia, Comando Etílico e afins fizeram no passado. Essa referência já fica implícita na capa criada pelo artista maranhense @darkpen.illustrations, afinal de contas, quer algo mais anos 80 do que uma televisão de tubo, um vídeo cassete e uma fita VHS?

Mas a referência ao passado não ficou só na arte, não. A sonoridade do Sinal De Ataque é uma viagem no tempo. O grupo entrega um speed/heavy clássico sem soar forçado, sem querer parecer com essa ou aquela banda. Gravadas por um trio (agora quarteto, depois de tantas mudanças de formação), as faixas transmitem uma honestidade latente, de algo feito com o coração mesmo.
Completando o "pacote anos 80", temos então as letras repletas de assuntos típicos da época, digamos assim. Isso até pode soar meio datado hoje ou mesmo piegas para alguns, mas o propósito do Sinal De Ataque é mais do que reviver o metal oitentista, é vivenciá-lo!
No todo, "Ao Anoitecer" (2024) é um disco muito bom, de ponta a ponta. Você vai encontrar faixas bem rápidas de speed metal ("Renegados", "Olhos De Águia"), outras louvando o metal ("Headbangers Insanos", "Sinal De Ataque") e outras mais cadenciadas, mas mantendo o peso e a pegada do metal ("Até O Fim", "Noites Longas").
Gostei muito dos trabalhos da guitarra e bateria: a primeira, vibrante, com muitos riffs rápidos e certeiros, desses que te fazem bater cabeça fácil, fácil. A segunda, soa alta e com um bom timbre de caixa, algo que tenho sentido cada vez mais falta em muitas bandas que têm relegado a bateria a mero coadjuvante. Méritos aí para a gravação feita pela própria banda e pela produtora Music Obsession, além dos trabalhos de mixagem e masterização de Mad Ferreira.
Lançado pela Rapture Records e Bigorna Records, "Ao Anoitecer" (2024) cravou seu lugar entre os meus destaques do ano. Pegue seu velho colete jeans cheio de patchs, aperte o play e lembre-se: heavy metal is the law! Ou melhor: heavy metal é a lei!
Formação:
Léo Felipe: vocais, guitarra
Victor Laudelino: baixo, bateria, teclados
Erivan Letal: baixo
Jack Znake (ex-Nightwölf), Thauan Rodrigo (Electric Poison) e Fábio Paulinelli (Grey Wolf, Louder Than Hell): vocais (convidados, faixa 6)
Marcus Alexandre (Alcoholic Vortex), Mad Ferreira (Ode Insone, Sea OfMonsters) e Marcus Prates (Steewild): guitarras (convidados, faixa 6)
Faixas:
01 Vingança Noturna (instrumental)
02 Renegados
03 Até O Fim
04 Noites Longas
05 Headbangers Insanos
06 A Face Da Morte
07 Histeria (instrumental)
08 Batismo Negro
09 Olhos De Águia
10 Sinal De Ataque
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