"Lucky and Strange" - A vida não tão breve de David Gilmour
Resenha - Lucky and Strange - David Gilmour
Por Isaias Freire
Postado em 21 de setembro de 2024
Sou um apaixonado pelo Pink Floyd desde sempre. Não me lembro bem, mas tenho a impressão que na sala de parto estava tocando "Arnold Layne" quando comecei a chorar. Porém, quando David Gilmour anunciou que estaria lançando seu novo álbum, não fiquei muito empolgado, escuto tudo que veio depois de "The Final Cut", mas acho que até então nenhum disco do Pink Floyd, e todos os de carreira solo dos quatro integrantes não estão aos pés das produções do grupo quando ainda reunidos.
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Roger Waters com sua megalomania não produziu nada realmente extraordinário depois da banda, Rick Wright beirou o ostracismo com seus discos solos, Nick Mason criou um projeto legal, mas também nada que irá para a posteridade e David Gilmour mesmo apesar de seu super sucesso, as canções ficam aquém das do antigo grupo.
Assim, achei que a declaração de David Gilmour falando que "Lucky and Strange" é seu melhor trabalho desde "Dark Side" era apenas parte de propaganda e que ele realmente não teria feito um trabalho tão bom. Eu tinha que esperar para conferir.

O disco contém uma hora de música. Vamos começar pela última, uma bônus track, "Lucky and Strange Barn Jam", uma jam de 15 minutos calcada na música título, enfadonha e mostra que depois de 10 anos do seu último disco solo, David não tem muito material para nos apresentar. Me parece que ela entrou para que o disco não tivesse somente 45 minutos. Acho que "Lucky and Strange Barn Jam" ficaria perfeita em um bootleg outtakes onde somente os super aficionados teriam interesse (talvez eu possa me incluir neste grupo).
Vamos voltar para os 45 minutos restantes, restam dez músicas que fazem o disco ser fraco, apenas uma é realmente boa. Destas dez, duas merecem algum comentário. "Scattered", a melhor música do disco, uma áurea sombria com uma letra interessante e que se vale de um piano, alguma orquestração e um solo digno de David Gilmour, esta música com certeza me fará voltar a ouvir o disco. A outra é "Between Two Points" com Romany Gilmour, (o mundo do rock de vez em quando aparece com colaborações de pai e filha que dão certo, veja Frank Zappa/Moon e Ozzy/Kelly). A música é boa, mas já ouviu "Stars Die" do Porcupine Tree? Ouçam. Porcupine Tree é considerado pela mídia internacional como o "Pink Floyd moderno", uma banda que teve seu som super influenciado pelo pela banda de Gilmour, trazendo todos os seus elementos de uma maneira moderna e transportada para os anos 2000. Então, em uma viagem ao contrário, David e Romany se embebedam da influência de Steven Wilson e passa a ser o original copiando a sua cópia.
Do mais, as duas instrumentais, "Black Cat" e "Vita Brevis", apresentam o carisma da boa guitarra de Gilmour.
A capa. A capa é medonha.
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