Septicflesh: o mais alto nível do Metal extremo sinfônico
Resenha - Modern Primitive - Septicflesh
Por Alexandre Veronesi
Postado em 28 de julho de 2022
Fundada em 1990 pelos irmãos Spiros (codinome Seth Siro Anton) e Christos Antoniou, a banda grega SEPTICFLESH surgiu com o objetivo de aliar a agressividade extrema do Death Metal ao requinte da música erudita - com um acentuado esmero no que diz respeito à densidade atmosférica - fusão esta que ao longo dos anos passou por diversas mudanças e aprimoramentos, resultando em uma sonoridade única e absolutamente marcante. Quase 5 anos após o ótimo "Codex Omega" (2017), o grupo finalmente disponibilizou, em 20 de Maio de 2022, o seu 11º álbum de estúdio, intitulado "Modern Primitive". No Brasil, o registro teve lançamento em formato físico por meio da parceria Shinigami Records / Nuclear Blast.

A produção musical da bolacha ficou a cargo do renomado produtor sueco Jens Bogren, ao passo que a arte da capa, rústica e impactante, é assinada pelo próprio frontman, Spiros Antoniou, o principal responsável pelo design visual do SEPTICFLESH desde 1995.
Abordando como tema central a degradação progressiva do ser humano (especialmente em termos intelectuais), o disco dispõe de 9 temas, que se distribuem por pouco mais de 38 minutos de duração, e contém todos os principais elementos que consagraram a banda a nível mundial, sendo um verdadeiro prato cheio aos fãs. "The Collector" abre os trabalhos através de uma bela passagem de cordas, que não demora a se transformar em um caos sonoro muito agradável, polido e bem arquitetado. São constantes as variações de andamento e ritmo ao decorrer do repertório, demonstrando a já conhecida versatilidade dos músicos, que aqui são novamente acompanhados por seus parceiros de longa data da Orquestra Filarmônica de Praga, e a bem-vinda novidade fica por conta da participação do grupo Libro Coro, um coral de vozes infantojuvenis que abrilhanta ainda mais o rico trabalho desenvolvido no álbum. Embora a seleção de "Modern Primitive" seja bastante homogênea, é justo atribuir um destaque especial às grandiosas "Hierophant", "Self-Eater", "Coming Storm", a retilínea "A Desert Throne", e "Psychohistory".
"Modern Primitive" é, em suma, mais uma excelente entrada na sólida discografia do SEPTICFLESH. Se você ainda não conhece o som do quinteto ateniense, faça um favor a si mesmo e trate de corrigir esta falha o mais breve possível, pois certamente está perdendo uma das mais singulares e interessantes bandas do cenário Metal extremo da atualidade.
Septicflesh - Modern Primitive
Gravadora: Nuclear Blast / Shinigami Records
Data de lançamento: 20/05/2022
Tracklist:
01 - The Collector
02 - Hierophant
03 - Self-Eater
04 - Neuromancer
05 - Coming Storm
06 - A Desert Throne
07 - Modern Primitives
08 - Psychohistory
09 - A Dreadful Muse
Formação:
Seth Siro Anton - vocal e baixo
Christos Antoniou - guitarra e orquestrações
Sotiris Anunnaki V - guitarra, guitarra 12 cordas e vocal limpo
Psychon - guitarra
Kerim "Krimh" Lechner - bateria
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


