Omi Okun: Raízes Afro-brasileiras vivas em EP de estréia
Resenha - Omi Okun - Omi Okun
Por André Nasser
Postado em 04 de dezembro de 2020
Nota: 9 ![]()
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Este é o primeiro trabalho fonográfico da banda carioca OMI OKUN e,diga-se de passagem, começam muito bem a sua jornada. Analisando a obra, podemos iniciar destacando a arte registrada no trabalho gráfico da capa, onde se percebe a ligação do Brasil à África pelo Oceano Atlântico através da linha do Equador. Essa sincronicidade Brasil/África é perfeitamente notável ao longo das seis faixas da obra, soando como uma espécie de manifesto nos tempos difíceis de racismo e intolerância em que vivemos.
Os vocais da banda são comandados por Virgílio dos Santos, que tem no samba sua grande fonte de inspiração. Aliás, Virgílio, além de ter uma performance vocal "na ponta dos cascos" é o responsável pelo primoroso trabalho de composição do grupo. O contra-baixo da OMI OKUN fica a cargo de Dudu Bierrenbach, que domina o seu instrumento de forma muito precisa. Dudu possui um amplo conhecimento de gêneros musicais e isso consegue ser observado pelas suas consistentes linhas de baixo. As baquetas ficam a cargo de Bruno Rabello, músico que demonstra possuir uma qualidade rítmica bem acima da média. Sua energia e maestria na bateria já eram claramente demonstradas desde a época em que participava mais ativamente de bandas voltadas para o Rock/Metal como Santo Cristo, Frontera e Maör. Observamos, assim, a criação de um trio de peso que abre as portas para os percussionistas Alexandre Munrah, André Alade e Jahi Oliveira tornarem o grupo ainda mais rico em sua propositura musical. Embora este EP não se trate do registro de canções de algum subgênero do rock, algo de curioso se percebe no decorrer das faixas. É bem possível que a afinidade musical pregressa entre Bruno e Dudu, que já tocaram no Tamuya Thrash Tribe, tenha colaborado na construção de uma cozinha autenticamente roqueira, com direito à uma densa bateria e um baixo bem "groovado".
Com o lançamento do EP, as músicas "Onã", "Azulzin" e "Oxê", lançadas inicialmente como singles, fazem companhia às canções "Solo sagrado", "Omi" e "Cantoria". Segundo a própria banda, as composições retratam a mística e o encantamento do legado cultural-religioso afro-brasileiro. A música e a religiosidade estão alinhadas e intrinsecamente ligadas nas modernas trovas de terreiro que o grupo produz. Percebe-se que o tambor guia e o canto celebra a defesa dos valores afro-religiosos e saberes ancestrais.
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