Black Label Society: mais coração, menos distorção
Resenha - Grimmest Hits - Black Label Society
Por Ricardo Seelig
Postado em 11 de julho de 2019
"Grimmest Hits" é o décimo álbum do Black Label Society, banda que tem como figura central o vocalista e guitarrista Zakk Wylde (Pride & Glory, Ozzy Osbourne). Primeiro trabalho do quarteto em quatro anos, sucede "Catacombs of the Black Vatican" (2014) e marca a estreia do guitarrista Dario Lorina e do baterista Jeff Fabb.
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O disco vem com doze faixas que trazem, em primeiro plano, a sempre presente influência de Black Sabbath, principalmente nos riffs inspirados na escola de Tony Iommi e nos vocais de Ozzy - Zakk está soando cada vez mais parecido com seu patrão. As canções se alternam entre faixas calcadas em riffs e momentos mais calmos onde Wylde explora as características blues e country de sua personalidade.
Pessoalmente, o disco me soa muito mais atrativo quando a banda tira o pé do acelerador. Há boas canções pesadas como "Seasons of Falter", "Room of Nightmares" (que agradará aos fãs do Alice in Chains, tenho certeza) e "Bury Your Sorrow", mas elas pouco diferem de tudo que o Black Label Society já entregou antes.
O álbum ganha força quando Zakk transfere o protagonismo para o seu lado country blues, aproximando-se, de certa maneira, ao que fez em seu último trabalho solo, "Book of Shadows II" (2016). Quando explora os aspectos mais introspectivos de sua musicalidade, o vocalista e guitarrista entrega pequenas pérolas como "The Only Words" e "The Day That Heaven Had Gone Away", composições que trazem muito mais lirismo e feeling que todas as demais. Nestes momentos, o Black Label Society consegue soar como uma espécie de versão contemporânea da Allman Brothers Band e do Lynyrd Skynyrd, tornando a sua música muito mais densa e profunda do que o habitual.
Sei que essa opinião talvez não vá ao encontro do que podem pensar a maioria dos fãs do quarteto, mas essa característica contemplativa tem crescido cada vez mais na obra de Wylde, talvez motivada pelos problemas de saúde que o músico teve nos anos recentes. O fato é que, ao olhar mais para o coração e menos para o pedal de distorção, Zakk imprime uma beleza inquietante e um ar campestre que colocam a sonoridade do Black Label Society em um nível superior.
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