RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Quando Janis Joplin falou sobre o Brasil; "um lugar meio doido, cara. Mas não era a selva"

Paul Stanley garante não guardar sentimentos negativos dos 50 anos de Kiss

Ex-baterista relembra desastrosa união de oito membros do Yes no palco

Bruce Dickinson indica que tocará música do Iron Maiden em show solo no Brasil

O episódio ocorrido na América do Sul que fez Mark Tremonti perder o gosto por viagens aéreas

O ranking do melhor para o pior álbum do Shaman, segundo Ricardo Confessori

O álbum que David Gilmour admite ter "copiado" de forma implacável

O dia que vocalista do Blur cantou música antiga do Wolfsbane para Blaze Bayley

O sacrifício feito por Bill Ward para ajudar Black Sabbath a gravar um de seus maiores clássicos

O lendário músico que fez Mike Portnoy aprender coisas sobre "sexo, drogas e rock and roll"

O grande erro que Sharon admite ter cometido como empresária de Ozzy Osbourne

Gene Simmons confirma o Kiss copiou um certo solo de guitarra de um clássico do The Doors

Ronnie Platt, vocalista do Kansas, está com câncer na tireoide

Bruce Dickinson pode aparecer em novo álbum de Graham Bonnet, ex-Rainbow

Cristina Scabbia tem 20 controles de Playstation 5; "Tenho um pequeno fetiche"


Jack White: um disco estranho, mas que cresce com o tempo

Resenha - Boarding House Reach - Jack White

Por Ricardo Seelig
Postado em 11 de julho de 2019

Certos discos desafiam o ouvinte. "Boarding House Reach", terceiro álbum solo de Jack White, enquadra-se nessa categoria. Depois de dois bem sucedidos trabalhos onde bebeu nas raízes do blues e do rock e temperou a mistura com alguns ingredientes contemporâneos para criar uma sonoridade bastante atraente e original, o ex-White Stripes virou tudo de cabeça para baixo em seu novo disco.

Jack White - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

"Boarding House Reach" saiu no final de março de 2018. Quase 45 dias depois, essa resenha foi escrita. Quando tive o primeiro contato com o álbum, não entendi nada. Absolutamente nada. E confesso que isso me frustrou e me irritou, porque gostei muito tanto de "Blunderbuss" (2012) quanto de "Lazaretto" (2014). Apesar disso, não me dei por vencido e retornei ao disco diversas vezes durante todo esse tempo. Talvez essa atitude tenha aos poucos "amaciado" os meus ouvidos, acostumando-os às experimentações propostas pelo vocalista e guitarrista. É, talvez tenha sido isso.

O fato é que "Boarding House Reach" não é, em nenhum aspecto, um disco fácil. Assim como não é, em nenhum momento, um álbum ruim. Trata-se do trabalho mais experimental da carreira solo de Jack White, um cara que sempre gostou, desde os tempos do The White Stripes, de romper limites e ver até onde poderia levar a sua música. Em seu novo trabalho, White experimenta com colagens sonoras, efeitos eletrônicos, vocais que se aproximam do rap e canções estruturalmente estranhas, com andamentos longe do comum e ideias nada óbvias. Essa postura, por si só, já é digna de elogios e mostra a inquietude de um músico que já passou dos 40 anos, dono de uma carreira com duas décadas de duração e ainda disposto a desafiar sua criatividade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Como acontece com todos esses álbuns que causam estranheza aos nossos ouvidos ao nos depararmos com eles pela primeira vez, "Boarding House Reach" requer um tempo e um estado de espírito para que se consiga entender o que Jack White está propondo. E, quando finalmente conseguimos assimilar o que sai das caixas de som, o arrebatamento é inevitável. Não vou ser hipócrita e afirmar que estamos diante de um disco genial, até porque não acho isso. Mas não há como negar que há uma enorme dose de talento e inventividade presente nas treze faixas do trabalho, em doses tão grandes que em alguns momentos o ouvinte é realmente desafiado a conseguir entender o que está acontecendo.

A canção mais convencional do álbum é "Over and Over and Over", não por acaso a faixa que a maioria do povo que escutou o trabalho apontou como destaque imediato. Claro, ela não causa estranheza e não rompe com nada, é "apenas" uma senhora composição dona de um ótimo riff. Todos os elogios são merecidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Há ecos, por exemplo, da inesquecível e injustamente pouco conhecida Incredible Bongo Band espalhados aqui e ali. Eles aparecem em doses homeopáticas em "Over and Over and Over", mas assumem o protagonismo em "Corporation", com percussões e batidas que fazem o coração e o corpo pulsarem. O clima urbano e contemporâneo dá as caras em faixas como "Everything You’ve Ever Learned" e sua letra declamada. A abertura, com "Connected By Love", mostra como o U2 manteria o seu ar profético mesmo sendo mais experimental. "Respect Commander" é, provavelmente, a síntese da explosão de ideias de "Boarding House Reach", com colagens, riffão meio Jimmy Page e uma passagem que é jazz-rock puro lá no meio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A questão é que não há como sair indiferente após a audição do novo álbum de Jack White. E essa sensação, em uma época em que somos expostos a um volume imenso de informação musical e pouco guardamos em nossos ouvidos, é algo digno de elogios.

"Boarding House Reach" é um disco corajoso. E, em grande parte de suas canções, acerta na experimentação. Algumas faixas, principalmente o trio final, são realmente dispensáveis, mas há momentos fortes em maior número, o que faz a audição valer a pena.

Insista, você não irá se arrepender.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
Mais matérias de Ricardo Seelig.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS